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Enviada em: 24/07/2018

Desde os processos denominados "revoluções industriais" e a ascensão do capitalismo, o mundo vem, priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Ao se pensar a respeito de obstáculos para a doação de sangue no Brasil, é possível afirmar que não é uma invenção atual. A problemática permanece ligada à realidade do país, seja pela desatenção governamental, acompanhada pela falta de informação social. Nesse sentido, convém analisar as principais consequências de tal conduta para a sociedade.    Torna-se irrefutável que a questão constitucional estejam entre as causas do problema. Segundo filósofo grego Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a falta de incentivo limita essa harmonia, a exemplo, segundo pesquisas da ONU em 2014, aproximadamente apenas 3,7 milhões de bolsas foram recebidas. Entretanto, no mundo existe cerca de 7 milhões de pessoas, as doações de sangue estão extremamente precárias, é evidente que o governo precisa intervir de forma direta, intensificando as campanhas de doações, aliado com a criação de novos programas, para que o número de doação aumentem exponencialmente.   Desse modo, não apenas a inexistência da intervenção estadual, como também a falta de empatia social, como impulsionador do problema, é um fator importante para a reflexão. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade. Acompanhando essa linha de pensamento, observa-se que, na série Greys anatomy, o personagem Daniel, demora anos para receber uma doação que o ajuda-se. Toda via, a realidade brasileira não é diferente, decorrente a desatenção governamental, a população vem se tornado cada vez mais leiga, deixando de ajudar o próximo, por falta de informação, e procrastinação, consequentemente agravando a vida de outros pacientes que esperam séculos a colaboração da sociedade.    É notório, à vista disso, que ainda há entraves para assegurar à construção de um mundo melhor. Destarte, a Receita Federal deve diminuir os impostos de empresas de públicidade que façam campanhas extremamente atrativas e informativas, que estimulem a doação de sangue, sendo assim, uma forma governamental de intervir nesta situação atual. Convém lembrar, como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir à sociedade civil, como familiares, estudantes, palestras de núcleos culturais gratuitos em praças públicas, ministradas por psicólogos, que informem e discutam a importância de doar sangue, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus e que não caminhe para um futuro degradante.