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Enviada em: 25/07/2018

Solidariedade. Voluntariedade. Empatia. Essas ações são praticadas por, segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente, 1,8% da população brasileira quando o assunto é doação de sangue.  No entanto, tal número ainda é pequeno quando comparado com o total de habitantes no Brasil e, associado a isso, faz-se necessário discutir sobre as dificuldades de aumentar o efetivo de doadores, objetivando citar soluções para alguns obstáculos.     Em primeiro plano, cabe afirmar que, de acordo com a Organização das Nações Unidas, o ideal é que um país tenha entre 3 a 5% da população como sendo doadora de sangue. Diante disso, o Brasil precisaria dobrar o número de voluntários e, para isso, deve combater diversos obstáculos sociais, políticos e administrativos. Um exemplo disso é o estigma que a sociedade tem em contrair doenças no procedimento de doação sanguínea e a deficiência estrutural de alguns hemocentros no processo de armazenagem dos produtos doados.    Sob essa ótica, normas e proibições para o processo de doação vêm ganhando destaque negativo socialmente nos dias atuais. A restrição dos homens que fazem sexo com outros homens  tem gerado manifestações por parte dos ativistas LGBTs, que afirmam haver discriminação sexual por parte dos hemocentros. Embora a Anvisa afirme que essa limitação também vale para quem tenha feito sexo casual com um desconhecido e  vítimas de estupro, é essencial citar o pensamento do Ministro Alexandre de Moraes, que sugeriu que o sangue dessas pessoas deva ser guardado e submetido a testes, pois, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 10,5 milhões de habitantes são homo ou bissexuais, números que poderiam aumentar a quantidade de sangue doado no Brasil.     Fica claro, portanto, que o Ministério da Saúde deve repassar recursos financeiros aos hemocentros para, mediante licitações, comprarem equipamentos capazes de possibilitar o armazenamento adequado dos sangues, a fim de evitar o descarte eventual, objetivando aumentar a eficiência do produto. Além disso, é fundamental que as prefeituras forneçam lugares públicos para as organizações não governamentais para que, por meio de palestras e conferências realizadas por especialistas da saúde, as pessoas reflitam sobre a importância do processo de doação sanguínea e a necessidade de manter uma vida saudável para que, assim, tal procedimento possa se tornar cada vez mais seguro.