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Enviada em: 29/07/2018

Segundo o Ministério da Saúde 1,8% da população brasileira doa sangue regulamente, enquanto a meta da Organização Mundial de Saúde é de 3%. Diante dos dados, é notável o déficit em relação a doação de sangue no Brasil. Nesse contexto, deve-se analisar como a falta de informação da sociedade e o individualismo influenciam na problemática em questão.        A falta de informação das pessoas sobre o processo de doação de sangue reduz drasticamente os índices de possíveis doadores, já que segundo Naura Faria, chefe de atendimento do hemocentro do Rio de Janeiro, a doação de sangue no Brasil ainda e cercada de mitos, como a crença das pessoas que doar sangue engorda ou quem doa uma vez é obrigado a doar sempre. Portanto, devido á falta de conhecimento da população relacionado á doação de sangue, a uma diminuição efetiva de possíveis doadores.       Deve-se abordar, ainda, que o individualismo é também um dos principais responsáveis pela insuficiência de doadores. Nota-se que as relações na modernidade estão se tornando cada vez mais voltadas ao interesse próprio, buscando não se envolver em relações interpessoais ao longo da vida, como afirma o filosofo Zygmunt Bauman autor do conceito do individualismo moderno. Contudo, evidencia-se que em decorrência disso as pessoas acabam não se importando com a doação de sangue, e que milhões de pessoas podem ser salvas com um simples gesto de compaixão ao próximo.       Desse modo, faz-se necessário que o Ministério da Saúde em apoio da mídia, disseminem através dos meios de comunicação, propagandas que demonstrem a importância de doar sangue, e de fato como realmente é o processo, desmitificando os mitos criados sobre a coleta. Além disso, cabe ao Ministério da Educação a implementação da disciplina ética e cidadania nas escolas, desconstruindo o individualismo e demonstrando a importância de atos de empatia ao próximo e em sociedade.