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Enviada em: 29/07/2018

A Segunda Guerra Mundial trouxe grandes destruições, mas também proporcionou a evolução no campo da hematologia. A coleta e armazenamento do sangue para realização de transfusões sanguíneas é um exemplo dos avanços dessa época. Todavia, após quase um século dominando a técnica, o Brasil ainda enfrenta obstáculos na doação de hemoderivados, seja pela execução de leis obsoletas, seja pela limitação de direitos.     Em primeiro lugar, é importante destacar que o sangue doado salva muitas vidas. Ele é utilizado em cirurgias, acidentes e eletivamente em portadores de doenças hematológicas. Deve, portanto, ter rigoroso processo para captação e distribuição. Com a pandemia do HIV nos anos 80 muitas pessoas contraíram o vírus por meio da transfusão, porém com os avanços tecnológicos atualmente é pouco provável se contagiar. Todavia, o estigma permaneceu na sociedade, os homossexuais por exemplo, não podem realizar a doação de sangue se não tiver em abstinência sexual de um ano.      Além do mais, o que  agrava a situação da diminuição a coleta sanguínea é que um homem pode realizar até 4 doações em um ano, no entanto,  perante as leis trabalhistas o doador pode abonar apenas um dia de trabalho e não os 4 dias. Essa restrições afasta os potenciais doadores.     Fica evidente, portanto, diante dos argumentos supracitados que medidas são necessárias para resolver esse impasse. Cabe a sociedade por meio de organizações não governamentais exigir a execução das leis sem nenhum tipo de preconceito afim de aumentar a adesão a doação. Ademais, o Ministério do Trabalho deve adequar as Políticas Públicas com a realidade social por intermédio do aumento do abono de trabalho, objetivando maior adesão ao procedimento. Dessa forma, os obstáculos na doação de sangue serão superados.