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Enviada em: 04/08/2018

‘’Sangue Bom’’  A II Guerra Mundial, marcou o mundo por grandes tragédias, mas também trouxe tecnologias ao ramo da hematológico. Nesse sentido, o maior exemplo de avanço seja a transfusão sanguínea, que parecia solucionar grande parte dos problemas dos necessitados de hemácias. Mais de 70 anos depois, os baixos índices de doação de sangue configuram-se como pedra no caminho a cidadania no Brasil, seja pelo individualismo, seja pela falta de informações. Primordialmente, a individualidade atua obstáculo a doação sanguínea no sentido de que, quando não existe um sentimento coletivista, não há porquê ajudar o próximo, visto que não se obtêm vantagens nisso. Como consta no livro ‘’Modernidade Líquida’’, do filósofo Zygmunt Bauman, o corpo social é composto por ‘’relações líquidas’’, fragilizadas, que impossíveis de se ‘’manter em mãos’’, impedem vínculos fortes e tornam a indiferença um grande símbolo atual. Dessa forma, fica nítido um grande motivo das baixas contribuições no período hodierno.  Vale salientar, ainda, que a baixa veiculação de esclarecimentos sobre o tema, torna a oferta de sangue ainda menor. A título de exemplificação, mitos como intensa dor durante o processo, utilização repetitiva de seringas descartáveis e problemas a saúde são amplamente difundidos, sobretudo em pequenas cidades do interior. Como produto dessa realidade, apenas 1.8% dos brasileiros tem o hábito de doar sangue, segundos dados do Ministério da Saúde.  Parafraseando o político americano Theodore Roosevelt, educar no intelecto sem educar na moral, é criar ameaças. Partindo dessa égide, para solucionar esse fato, na terra de palmeiras e sabiás, é condição ‘’sine qua non’’ que as escolas, em seu caráter educativo, por meio de seminários, palestras e visitas anuais a hemocentros, promovam maior conhecimento da situação, fazendo assim, um exercício de empatia, visto que se o cidadão presencia o problema, tem mais chances de pensar em contribuir, o que ocasionará no crescimento no número de doações nas próximas gerações. Ademais, a Mídia, por meio de campanhas televisivas, devem divulgar as vantagens da doação para o doador, como check-up de graça, dia de folga e meia entrada em cinemas, com a finalidade de fazer com que o corpo social vejam vantagens para si nessa prática. Tais medidas, poderão tornar cada brasileiro um ‘’sangue bom’’, como expresso na gíria popular.