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Enviada em: 08/08/2018

Conhecimento e sensibilização humana frente a doação de sangue no Brasil       De acordo com Jesus Cristo, em muitos de seus ensinamentos e parábolas, uma grande citação que demarca e vai de encontro a tudo aquilo que ele viveu, afirma: “prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão”. Os cristãos consideram-se salvos por o sangue que ele derramou, dessa forma, associam-no à vida. Infelizmente, embora tão essencial para a existência humana, a carência de conhecimento e de sensibilização da população ainda encarcera comportamentos solidários e cria obstáculos para a doação deste fluído vital tão demandado em nosso país.       Existem muitos mitos e verdades acerca do assunto. Há muita desinformação também. Embora campanhas televisivas tentem estimular a doação de sangue, percebe-se que o enfoque qualitativo voltado ao conhecimento em si do ato é deficiente. Campanhas esporádicas de chamamento a doação são criadas em momentos em que a demanda é crescente, o que não implica que, de forma contínua, ela não prevaleça. Estudos epidemiológicos conferem uma taxa de doação brasileira em torno de 1,8%, enquanto a meta preconizada pela Organização Mundial da Saúde é de 3%.       Além do problema gerado pela falta de conhecimento, outro grande obstáculo se insere na capacidade de sensibilização humana diante da partilha de seu sangue. Compreender a importância do ato e visualizar a ação para além do feito é o grande desafio. Como aponta Victor Chaves, grande poeta, músico, cantor e compositor brasileiro, só enxergamos a partir do momento em que escolhemos ir além do que vemos. Dessa forma, com uma bolsa, não apenas uma vida pode ser salva. A família é envolvida com a doação, assim como um largo potencial de vida se abastece nos bastidores da existência daqueles que necessitam.            Depreende-se, portanto, a necessidade urgente no desenvolvimento de metodologias capazes de sanar ou reduzir o problema em destaque. A carência do conhecimento pode ser trabalhada desde a base estudantil aos níveis mais elevados. Profissionais de saúde devem se fazer mais presentes nas instituições de ensino que compõem seus territórios de trabalho, valendo-se de metodologias como palestras, teatro, música e cinema, por exemplo, a fim de que a informação seja disseminada por àqueles que detêm maior informação e respaldo sobre assunto. A sensibilização humana, embora mais desafiadora, pode contar com a indispensável contribuição da família na construção de uma formação pessoal mais amorosa, solidária e cidadã.