Materiais:
Enviada em: 09/08/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. Entretanto, quando se observa os obstáculos para a doação de sangue no Brasil e suas principais causas, verifica-se que esse ideal Iluminista é constatado apenas na teoria, mas não na prática.   Diante disse, o preconceito contra homossexuais se mostra como principal fator que corrobora para a persistência do problema no país.    Segundo IBGE, o preconceito contra homossexuais incorre no desperdicio de 18,9 milhões de litros de sangue por ano, além de acarretar discriminações e agravar as dificuldades na doação de sangue no país. De acordo com o Ministério da Saúde, a restrição dos homossexuais na adoção de sangue serve para evitar futuras infecções por transfusão de sangue. Em 2004 essa restrição era permanente, porém em 2013, sob a condição de não ter nenhuma relação sexual durante um ano, os homossexuais poderiam doar sangue. Dessa forma, pode-se afirmar que com o avanço da medicina esse período pode reduzir cada vez mais.     Diante dos argumentos supracitados, é dever do Estado investir em pesquisas na área sanguínea, para reduzir o tempo de abstinência sexual dos homossexuais antes de doarem  sangue, tornando  a doação mais viável e acessível para esse público. Também deve promover campanhas para o combate ao preconceito com os homossexuais, pois segundo Maquiavel: "Os preconceitos têm raízes mais profundas que os princípios".