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Enviada em: 13/08/2018

" Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo" disse o filósofo Gerge Santayana. Nesse sentido, assim como o medo do desconhecido resultou em um empecilho à vinda dos europeus para o continente americano, o mesmo se repete na contemporaneidade, uma vez que ainda há obstáculos à doação de sangue no Brasil.Desse modo, a problemática persiste intrinsecamente ligada a sociedade do século XXl, seja pelo medo da transmissão de doenças ou pela presença de ideais patriarcalistas.            Convém ressaltar, a princípio, que assim como nas grandes navegações, a falta de informação também gera medo aos pretendentes a doar sangue.Em um levantamento feito pela ANVISA-Agencia Nacional de Vigilância Sanitária-, mais da metade das entrevistadas admitiram que nunca doaram sangue devido ao receio da transmissão de donças .           Outrossim,destaca-se que é imperioso modificar o critério de restrição para transfusões sanguíneas.Nesse contexto, um homem heterossexual que tenha feito sexo com apenas uma parceira, mesmo que sem camisinha, pode doar sangue no Brasil, enquanto um homossexual que use preservativo fica vetado de doar pelos 12 meses seguintes à sua última relação sexual dados. Dessa forma, o ultrapassado patriarcalismo em que o homem hétero é valorizado, é revivido na atualidade.        Torna-se evidente, portanto, o medo e ideais ultrapassados representam obstáculos para a doação de sangue. Nesse intuito, urge que o Governo em parceria com a mídia e as escolas, por intermédio de palestras, debates e trabalhos em grupos, que envolvam toda a sociedade a respeito do tema, fomentem o pensamento crítico com o objetivo de deixar claro que a doação sanguínea não oferecesse riscos ao doador. Cabe, também, que a sociedade não repita os mesmos erros, como a valorização do homem hétero em detrimentos de outros gêneros, para que assim a doação seja um hábito de amor frequente  no brasileiro.