Materiais:
Enviada em: 11/08/2018

A falta de doadores de sangue no Brasil é instituída em duas vertentes, a primeira se encontra nos obstáculos e a burocratização do ato, principalmente ao impedimento de doação dos homossexuais, a segunda é a falta de incentivo e conscientização popular do bem que faz com esse pequeno gesto.       A dificuldade se encontra logo no inicio, até mesmo o meio de transporte utilizado para chegar até o local de doação pode fazer com que você seja impedido, não que esteja totalmente errado, afinal não desejamos que alguém saia do posto de doação e bata o carro, mas há exigências e protocolos um pouco exagerados. Com os homossexuais, por exemplo, exigem que fiquem 12 meses sem relações sexuais para serem aceitos, chegando a dizer que não há relevância se o parceiro com quem se relaciona exclusivamente é de longo prazo. Com a quantia de homo ou bissexuais no Brasil dá para se imaginar o quanto perdemos com essa pratica discriminatória.    Com os poucos doadores ativos no país é preciso incentivo para que deem continuidade e conscientizem outros a ajudar também. A falta de conhecimento da população para com o assunto é uma das causas da dificuldade que se tem em captar os recursos sanguíneos necessários, muitos ainda acreditam que apenas um certo tipo de sangue é interessante à doação, outra parte acredita que dói ou é perigoso, as vezes, não sabem sequer onde podem doar e se podem, pois os requisitos nem sempre são claros ou de conhecimento geral.        Como visto, para chegar ao nível de doações desejadas é preciso que mude algumas coisas. A politica de doação homossexual é uma delas, em processos do STF tal exigência já foi descrita como inconstitucional pelo ministro Edson Fachin em 2017 no processo de inconstitucionalidade onde o PSB atuava como autor, fora dito também que isso fere o principio da igualdade e os direitos humanos. Assim, é preciso que se iguale as condições e exigências entre as pessoas de maneira que tenha mais oportunidades para todos independente de sua orientação ou opção sexual.       Por fim, não só mudar a politica, mas incentivar novos doadores. Com a internet a facilidade para encontrar como e onde ir doar aumentou, mas ainda não basta, é preciso que as pessoas saibam o que pode fazer e não fazer, se deve ir ou não deve e o modo de como proceder. A utilização das mídias sociais para espalhar essas informações é um caminho rápido e eficiente, além disso o incentivo a continuidade do ato é importante, saber que ao doar poderá salvar mais de uma vida, a importância desse gesto na vida da pessoa e da família, talvez até um programa social onde poderá se encontrar com quem recebeu a doação, se possível é claro, são coisas que auxiliam e estimulam o doador a voltar e quem sabe assim conseguir que doação de sangue não seja mais um problema.