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Enviada em: 08/10/2018

Na obra "Dracula" de Bram Stoker, o vampiro persegue presas humanas, em busca de sangue, que faz parte da sua dieta e fonte de vida eterna. Em paralelo com a realidade, existem inúmeras pessoas que também precisam de sangue para viver, não na forma de alimento, mas como recepetores em tratamentos médicos e transplantes de órgãos. Porem, a doação de sangue no Brasil encontra grandes desafios, tais como a dificuldade de acesso aos pontos de doações e também a exclusão de grupos considerados de risco, tornando a disponibilidade de sangue menor que a necessária. Devem serem tomadas medidas para resolver esse impasse.        Em primeira instância, cabe ressaltar a dificuldade e o desconhecimento da importância desse ato pela população periférica. Os hemocentros, locais onde ocorrem as doações, estão localizados principalmente nos centros das grandes cidades, e a população mais periférica, potencial doadora, não tem acesso a eles, seja por uma questão logística ou por puro desconhecimento da causa. O empresario Steve Jobs fala que "As pessoas não sabem o que querem até mostrarmos a elas", evidenciando assim a importância de campanhas que divulguem e levem tais hemocentros em comunidades mais distantes, buscando aqueles litros de sangue que nunca chegariam aos locais de coleta.        Além da dificuldade logística e do desconhecimento, um grande grupo é privado de realizar doações apenas por um estigma e não por suas reais condições de saúde. Homossexuais não podem doar caso tenham relações sexuais com uma pessoa do mesmo sexo nos últimos seis meses, independente de ser portador de alguma doença transmissível ou não. Tal estigma se da na crença que esse grupo é responsável pela disseminação de doenças transmissíveis, o que é uma inverdade, já que doenças como AID-S e HPV também se dispersam por relações heterossexuais.        Fica claro, portanto, que o Brasil se encontra num panorama delicado quanto a questão da doação de sangue, e medidas tornam-se necessárias para amenizar tal problemática. Em primeiro lugar, o governo juntamente com hospitais públicos e privados devem criar e incentivar campanhas que levem os hemocentros até os locais mais afastados, criando um centro de doações temporário que consiga atender a população de forma rápida e em horários mais flexíveis. Outro aspecto importante que os hemocentros devem levar em consideração é a saúde dos doadores e não sua orientação sexual baseada em estigmas, a qual impede uma grande parcela da população de se tornar doadora, para que dessa forma, o numero de doadores no pais aumente, levando mais sangue aos necessitados e que este seja fonte de vida para muita gente assim como é para o Drácula.