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Enviada em: 12/08/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se imobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os obstáculos para a doação de sangue no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado somente no papel e não desejavelmente na prática. Nesse sentido, convém a análise dos problemas nas doações sanguíneas, negligentes à sociedade.      É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação esteja entre as causas do problema. Segundo o filósofo "Aristóteles" a política deve ser utilizada, de modo que, por meio da justiça o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga observa-se que no Brasil os homossexuais ou bissexuais são impedidos de doar sangue, caso tenham realizado atividades sexuais em um prazo de doze meses até a doação, fazendo com que milhões de litros de sangue sejam perdidos.      Outrossim, destaca-se o egocentrismo como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar dotada da exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, no Brasil muitas pessoas utilizavam a doação de sangue como forma de remuneração, colocando em risco a vida e a saúde dos pacientes. Sendo assim, o Ministério da Saúde proibiu a remuneração do sangue colhido.       Conforme o ideário Newtoniano um corpo tende a permanecer em seu estado, até que uma força atue sobre ele. Por conseguinte, é mister uma aplicação de força sobre os impasses das doações sanguíneas, buscando uma solução. Destarte, o Ministério da Saúde deve criar campanhas em todas as cidades brasileiras, mostrando a importância da doação de sangue e o quão seguro é o procedimento, rompendo assim, com o medo de alguns. Ademais, o Ministério  da Educação (MEC) pensando em um futuro próximo, deve propor aos professores de todas as escolas brasileiras, trabalharem com os alunos, sobre como é feito o processo de doação, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus, para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.