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Enviada em: 11/08/2018

Cada sangue importa       A doação de sangue é uma das maiores demonstrações de solidariedade. Não é preciso ser médico para salvar vidas, basta ser saudável e estar bem informado. Uma doação pode salvar até quatro pessoas. Para garantir a oferta de sangue, a ONU afirma que o ideal seria que 3 a 5% de uma nação fossem doadora. O Brasil, contudo, ainda possui menos de 2% da população doando sangue regularmente. A escassez de informação, o medo de contaminação e o preconceito são os fatores responsáveis por essa realidade.       Por isso, é essencial analisar o perfil dos doadores para garantir tanto a segurança dos receptores quanto a continuidade das doações. No Brasil, há basicamente três perfis de doadores: reposição (doam quando alguém próximo necessita); voluntários (doam para os bancos de sangue); e aqueles que buscam a realização de testes de doenças como HIV. Os doadores de reposição não são suficientes para garantir a oferta do sangue demandado. Em relação aos doadores que utilizam a doação para realizar testes de doenças, eles representam um potencial risco aos receptores, além de dificilmente se tornarem doadores regulares.       Sendo assim, os doadores que de fato mantêm os bancos de sangue são os doadores voluntários. Entretanto, a falta de informação, tanto em relação aos riscos de contaminação quanto às restrições de doadores, limitam o aumento desse perfil de doadores. Não é suficientemente divulgado que o sangue doado é testado para várias doenças entre elas as sexualmente transmissíveis. Outro problema é decorrente do preconceito. Os homossexuais são considerados grupos de risco, enquanto muitas mulheres e homens héteros em relações estáveis são soropositivos e doam sem as mesmas restrições.       Portanto, ao invés de restringir os doadores regulares, há de se reforçar as medidas de segurança já existentes para impedir a contaminação nas transfusões. Assim como divulgar e esclarecer a população sobre a importância para toda a cidade de se manter um bom estoque de sangue. Para isso, é fundamental a ampliação de campanhas e postos de doação. Além disso, utilizar medidas que visam aproximar os doadores dos receptores. Um exemplo é a iniciativa do Hemorio o qual envia mensagem ao doador avisando quando o sangue for utilizado. Isso ajuda a lembrar que aquela doação salvou uma vida e reforça o sentimento de solidariedade fundamental para que as doações de sangue sejam feitas não apenas para conhecidos, e muito menos por outros motivos que não sejam os de salvar e manter vidas.