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Enviada em: 04/09/2018

O ato da doação de sangue é um gesto máximo de solidariedade numa sociedade. Isso se deve, sobretudo, ao fato de ser voluntário e de extrema importância para a reposição de sangue na vida de pessoas as quais sofrem com alguma doença debilitante ou que sofreram algum acidente. Contudo, no Brasil contemporâneo, muitos mitos envolvendo o processo de retirada e doação do sangue são obstáculos para efetivação desse ato nobre. Diante disso, medidas que visem o reforçamento dos benefícios desse gesto e a desmitificação dos malefícios dele fazem-se necessárias.       Em primeira análise, vale ressaltar a relevância desse gesto de solidariedade tanto para quem recebe o sangue, quanto para quem o doa. Segundo o renomado escritor russo Liev Tolstói "a alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira". Haja vista que cada doação pode salvar a vida de até quatro pessoas, o bem ocasionado por ela é imensurável, proporcionando o direito a vida ao receptor e, consoante Tolstói, a felicidade ao doador. Ademais, atitudes solidárias devem ser ainda mais valorizadas pela sociedade em prol de um país melhor, por meio de uma educação a qual estimule o dever ético do cidadão de solidarizar-se.       Por outro lado, devido ao desconhecimento por parte da população a respeito do processo de retirada de sangue e as consequências desse procedimento, muitos brasileiros ainda têm receio de doar. A exemplo histórico do ocorrido na Revolta da Vacina, no início do Século XX , quando cariocas se revoltaram contra a imposição do procedimento da vacina por, principalmente, desconhecerem e terem medo dele. Nesse sentido, o desafio de desmitificar o processo de doação de sangue deve ser enfrentado pelas autoridades competentes com auxílio da tecnologia da informação e meios de divulgação midiáticos.       Por fim, diante do exposto, é indubitável a importância de intervenções que confrontem os desafios à efetivação do ato de doar sangue no país. Portanto, a educação precoce sobre a relevância de atitudes solidárias, como a doação de sangue, é fundamental para um amadurecimento da população a respeito de questões éticas, por intermédio de palestras e atividades lúdicas, em escolas de ensino fundamental e médio, organizadas e financiadas pelo pelo Ministério da Educação. Além disso, com o objetivo de conscientizar a população, cabe ao Estado informar sobre todo o procedimento e as consequências da doação, por meio de campanhas nas redes sociais, campanhas televisivas e incentivos a ficções engajadas - como novelas que abordem o tema. Assim, com essas medidas os obstáculos para a efetivação desse gesto nobre no país serão contornados.