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Enviada em: 13/08/2018

Menos proibição e medo     Em meio aos movimentos e festivais hippies como woodstock, vanguarda e tropicália os jovens dos anos 20 foram surpreendidos por uma doença incurável e que matava em pouco tempo. Então, mesmo com pouco arsenal para pesquisa foi o vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) transmitida via contato direto com sangue contaminado por meio de seringas, transfusão de sangue e relação sexual - mais comum em homens homossexuais. Tendo em vista essa e outras doenças e outras doenças com o mesmo tipo de transmissão, proibições foram criadas. Porém, com avanço da medicina as mesmas devem ser revisadas e campanhas de conscientização produzidas para diminuir dos obstáculos da doação de sangue no Brasil.     Os homossexuais que mantém ou mantiveram em menos de 12 meses relação sexual são proibidos de doar sangue. A justificativa para tal norma era válida assim que o HIV foi descoberto, pois havia maior incidência do vírus nesse grupo da população. Entretanto, atualmente é possível, mesmo com a característica de incubação do vírus, sua detecção a partir de exames clínicos específicos. Outro fato significativo foi que nos anos 20 muitos homens, mulheres e crianças contraíram doenças virais por meio de procedimentos hospitalares. Tal fato contribui como um obstáculo por instaurar medo na população e ocorreram pela ineficácia nos métodos de biossegurança, pois objetos cortantes não eram devidamente limpos, seringas não eram descartáveis e não havia conhecimento sobre a necessidade da utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual) por parte de médicos, enfermeiros ou faxineiros.      Com o exposto, é possível entender o porque de alguns obstáculos. Para que sejam sanados o Ministério da Saúde deve rever suas normas e não mais impedir homossexuais de serem doadores de sangue, tendo em vista os avanços da medicina. Não somente, medidas de conscientização popular, com a produção de propagandas em televisão, internet, revistas e jornais que exponham os atuais mecanismos de doação, com seus respectivos métodos de segurança e inviabilidade de transmissão de doenças. Essas devem ser reproduzidas gratuitamente na mídia e criadas pelo Ministério Público em conjunto com o Ministério da Saúde e Educação.