Materiais:
Enviada em: 13/08/2018

“Um Ato de Coragem” é um dos mais tensos filmes dos anos 2000. Ele retrata o desespero de um pai à procura de um doador para o seu filho. A burocracia americana, o alto custo do transplante e a falta do órgão o levam a tomar atitudes drásticas. Embora a obra trate do transplante de um órgão muito relevante, o desespero e impasses apresentados são similares aos que ocorrem com a falta de transfusão de sangue fora das telas. Mesmo sendo algo simples, o que impede de acontecer?             Ao analisar algumas das restrições para a doação, verifica-se uma certa exclusão, uma vez que homossexuais não podem doar sangue caso tenham feito relações sexuais há menos de um ano. Em consequência disso, vê-se a enorme quantidade de sangue que poderia ser doado, tendo em vista que LBGTs representam 10% dos brasileiros.             Outra preocupação constante é a falta de incentivo por partes das mídias que, em virtude de sua tamanha influência, deveriam promover a contribuição sanguínea. Alguém disse uma vez que a televisão é apenas uma matrix que imprime na mente das pessoas formas padronizadas de pensar e agir. O que se torna verdade, em razão do brasileiro ser o 6º povo que mais assiste televisão no mundo.             Embora existam campanhas de doação, ainda convém lembrar que o seu impacto é fraco e não convincente. Atualmente, observa-se que até mesmo o sangue do tipo O+ (o mais comum no país) está em falta. Isso se deve ao fato do Brasil nunca ter passado por um período de necessidade de transfusões, o que leva o brasileiro a se sentir acomodado, uma vez que, ele, no momento, não está precisando da transfusão.             Por conseguinte, medidas são necessárias para se resolver a questão. O MEC, junto ao Ministério da Saúde, devem criar campanhas de incentivo à doação nas escolas, a fim de conscientizar as crianças quanto à relevância da doação. Ainda vale relembrar a importância de campanhas nas mídias que possam impactar e convencer o cidadão, para assim promover uma troca de uma doação por quatro vidas e quebrar tabus.