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Enviada em: 12/08/2018

Antoine de Saint em sua obra ''O Pequeno Príncipe'', ressalta que o essencial é invisível aos olhos humanos. Essa máxima pode ser usada nos dias atuais para os obstáculos na doação de sangue, já que a contribuição da sociedade pode salvar muitas vidas, mas por falta de campanhas de incentivo e uma nação que não tem na sua cultura a solidariedade de doar e, muitas vezes,  é preconcetuituosa com os LGBT, impede que o essencial seja conseguido, e por conta disso muitas vidas são perdidas.  Primeiramente, a falta de campanhas de incentivo é um dos grandes obstáculos para a propagação de doadores. È importante ressaltar, que está carência é fruto da má gestão do estado, pois a falta de investimentos em campanhas publicitárias contribui para a falta de doadores, em razão de que no Brasil já não se tem uma cultura acostumada a doação nesse quesito, pois nunca houve uma mobilização gigantesca como na Europa do século XX durante as guerras mundiais. Sendo assim, esta falta  de campanhas atrelada aos costumes da cultura, faz com que muitas pessoas morram à espera de sangue e inúmeras cirurgias são canceladas, agravando ainda mais as condições precárias da saúde no Brasil.  Em segundo lugar, é inegável que o preconceito nos hemocentros contra os LGBT, até mesmo por profissionais da saúde, impede mais uma vez a doação de sangue. Indubitavelmente, essa discriminção contra este grupo é herança histórica da epidemia do HIV nos anos 80 que ficou concentrada nos homens que mantinham relações sexuais entre sí. Com essa visão se perpetuando até hoje, milhares de litros de sangue são descartados anualmente, e também, os homossexuais e transgêneros sofrem uma violência institucional, pois para doar precissam mentir sua sexualidade, mesmo tendo os mesmos riscos de contrair DST como os cisgêneros heterossexuais que mantêm relações com vários parceiros.  Portanto, medidas devem ser tomadas para que os obstáculos na doação de sangue sejam contornados, para isso deve haver mobilizações em várias esferas da sociedade. Ao Ministério da Saúde em conjunto com o Judiciário, cabe fazer a mudança nas leis de doação de sangue, para que os LGBT possam doar sem sofrer discriminação, para que aumente o estoque. O  Ministério da educação deve inserir nos cursos de formação de profissionais de saúde matérias sobre a diversidade sexual, com a finalidade de que esses quando graduados ao trabalharem em hemocentros não descartem um doador apenas pela sua orientação sexual e de gênero. O mais importante, no entanto, é atingir a origem do problema que é a cultura do brasileiro, mediante a isso, a mídia com o auxílio financeiro do Ministério das Comunicações deve disseminar, por meio de ficções engajadas a importância da doação de sangue, para que cada cidadão se conscientize do seu papel e da importância do seu sangue para salvar vidas. Quiça, com essas medidas, os obstáculos para a doação de sangue possam ser vencidos.