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Enviada em: 12/08/2018

A transfusão de sangue é um procedimento médico muito usado no tratamento de algumas doenças, em traumas e em cirurgias que consiste em inserir no paciente, chamado de receptor, o sangue ou componentes do sangue retirado de outro individuo, chamado de doador. Esse procedimento é de grande importância na medicina, podendo com o uso de uma bolsa de sangue salvar a vida de até 4 pacientes. Porém, hoje, o Brasil enfrenta uma escassez de sangue para tal procedimento, criando obstáculos para a realização do mesmo.     É comum vermos campanhas e entrevistas na televisão onde hemocentros fazem apelos à população para que aumente o numero de doadores. Segundo a ONU o ideal é que cerca de 3 a 5% da população seja doadora e no Brasil o numero é de 1,8%. Para que seja doador o individuo precisa se enquadrar em determinas regras, como estar acima dos 16 anos com peso maior que 50 kg. Essas normas são criadas para que haja segurança, tanto par o doador, quanto para o receptor. Uma dessas regras diz respeito às relações sexuais, onde o doador deve aguardar 12 meses para doar o sangue caso tenha se colocado em situação de risco, como a relação sexual com diversos parceiros.     Por serem considerados parte do grupo de risco, homens homo e bissexuais são impedidos de realizar a doação, a menos que haja uma abstinência sexual de 12 meses. Segundo o IBGE 10,5 milhões de homens no Brasil são homo ou bissexuais e, considerando que cada homem possa doar até 4 vezes ao ano, essa restrição causa desfalque de cerca de 18, 9 milhões de litros de sangue ao ano.          Além disso, existe um imenso número de mitos que cercam a doação de sangue. Algumas pessoas acreditam que a doação de sangue engorda ou que, doando uma vez, o doador é obrigado a fazer doações regularmente e até mesmo no risco de contrair uma doença. A falta de informação traz o medo e a insegurança em realizar a doação, limitando a quantidade de pessoas dispostas a realizar o procedimento.     Para que haja aumento no número de doadores, melhorando assim a escassez de sangue nos hemocentros, algumas medidas são necessárias. É preciso que o Ministério da saúde invista em campanhas mais informativas, onde o medo e mitos sejam quebrados. Devem-se realizar também mutirões para a doação de sangue nas cidades mais necessitadas e uma. Junto à ANVISA o Ministério da Saúde também deve atualizar e rever as normas, a fim de aumentar o número de doadores. O Ministério da educação deve criar ações e palestras educativas que conscientize crianças e jovens sobre a importância da doação de sangue, dessa forma construindo o doador do futuro.