Enviada em: 13/08/2018

''No meio do caminho tinha uma pedra'', já dizia Drummond sobre a dificuldade de viver. Isso é reflexo da atual realidade brasileira sobre a doação de sangue, onde há, ainda, obstáculos a serem enfrentados. Nesse sentido, é preciso tirar duas pedras no caminho para a doação de sangue: à falta de informação e à ausência de políticas sociais frente a busca de dar maior visibilidade à doação.   Doar sangue significa o ato de ser solidário com o próximo. Porém, é comum nas sociedades do século XXI, o pensar negativamente  a respeito da doação. Seja por fatores psicológicos ou emocionais, o ato de doar sangue é, em geral, recusado por uma grande parte da população, marcada pela cegueira originada da ineficácia de ações sociais. Por ação social, termo estudado pelo sociólogo Max Weber, entende-se ações que interliguem os indivíduos para concretizar determinado fim. Sendo assim, enquanto o senso comum da doação de sangue não for destruído, poucos doadores se farão presentes na busca de tal fim, doar sangue.   Por outro lado, o papel da doação de sangue necessita de amparos, uma vez que, há emergência de se fazer valer a cidadania para as pessoas  receptoras de sangue. Desse modo, percebe-se que, em diversos postos de saúde e hospitais públicos não possuem, em grande quantidade, materiais de colhimento de sangue e infraestrutura adequada, como também, existe a deficiência do poder público, de divulgar a realidade de pessoas à espera de doadores, cenário esse, deplorável.    Logo, o quadro de doação de sangue no Brasil impera transformações imediatas. Para isso, o poder público, por meio da ferramenta midiática, deve promover propagandas informativas, que possam transmitir a importância de doar sangue , com objetivo de mostrar que, pequenos atos, como se solidarizar com o próximo, transformam determinadas realidades.Por sua vez, a cidadania poderá ser cumprida quando tais pedras forem retiradas do caminho para, assim, acabar com os obstáculos na efetivação do processo de doação de sangue.