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Enviada em: 14/08/2018

Segundo o escritor Franz Kafka, a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana. Nessa perspectiva, um simples auxílio pode transformar e salvar várias vidas, como é o caso da doação de sangue no país, que apesar de sua importância, a falta de informação e o desconhecimento sobre o assunto dificultam o processo de ser solidário em relação a tal doação.    Em uma primeira análise, é válido ressaltar que, como as campanhas publicitárias não são frequentes e falta uma maior divulgação à população, o número de doadores faz-se menor do que a real demanda. Prova disso, é o estado da Bahia que nos meses de fevereiro e junho, grandes eventos como o Carnaval e as Festas Juninas, trazem por consequências uma maior ingestão de bebidas alcoólicas e de motoristas embriagados, o que faz com que acidentes no trânsito aumentem, e a necessidade de uma maior demanda de sangue cresça. Assim, a exposição deste problema pelos meios de comunicação e o incentivo a novos doadores ainda são escassos.    Além disso, a doação de sangue feita por homens homossexuais é um obstáculo. Pois, até o final da década de 90, os cidadãos que tinham relações homoafetivas constituíam segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o chamado "grupo de risco", pois, nos anos 80, houve o auge da epidemia do vírus HIV que atingia principalmente esse grupo. Nesse sentido, o Brasil excluía a doação de homossexuais que tinham realizado sexo até o prazo de 12 meses. Entretanto, a orientação sexual não deveria ser um critério de seleção, mas sim a condição de saúde dos indivíduos, já que a Aids também é transmitida por heterossexuais.    Dessa forma, portanto, fica claro que a doação de sangue no Brasil ainda precisa passar por melhorias. Por isso, é essencial que o Governo, por meio da mídia, trabalhe na divulgação de dados sobre as companhas de sangue, tanto na televisão como na internet, pois, dessa forma, os cidadãos seriam incentivados a exercerem a solidariedade. Além disso, o Governo, em parceria com a OMS, deveria mudar as leis que excluem os homossexuais da doação e investir em recursos tecnológicos que melhor controlem os grupos sanguíneos, podendo assim, avaliar se o indivíduo é portador de alguma doença. Logo, o número de voluntários aumentaria e ajudaria os pacientes que carecem de transfusão sanguínea.