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Enviada em: 14/08/2018

Equilíbrio Aristotélico  Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a ínfima quantidade de brasileiros adeptos a esse ato de bondade, que salva milhares de vidas anualmente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não na prática, assim o problema persiste intrinsecamente ligado a realidade social do país. Esse problema precisa ser enfrentado, uma vez que, a baixa adesão a doação sanguínea, leva ao esgotamento de bolsas de sangue nos hemocentros e, consequentemente a morte de muitos brasileiros. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes:a falta de consciência social e a ineficácia das leis.  Nesse contexto, é inegável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Paradoxalmente percebe-se que no Brasil, a falta de leis e incentivo a doação rompem essa harmonia, tendo em vista que, quase não existem leis e campanhas que incentivem essa prática, uma vez que os governantes respondem aos anseios sociais da maioria e grande parte da população geralmente não precisa de sangue. Dessa forma, a minoria social que necessita desse sangue para sua sobrevivência acaba negligenciada.  A declaração Universal dos Direitos Humanos -promulgada em 1948 pela ONU- assegura à todos os indivíduos o direito à educação e ao bem estar social. Entretanto, a falta de uma educação voltada ao bem estar social é alarmante, haja vista que, a educação básica é deficitária e pouco prepara cidadãos no que tange ao respeito às diferentes necessidades de cada um. Assim, nenhuma matéria trata mesmo que superficialmente a importância da doação ao seu semelhante, oque acaba por se tornar um obstáculo a doação de sangue no Brasil.  Fica claro, portanto, que a insuficiência das leis e a falta de consciência no âmbito social, são fortes obstáculos a pratica de doação de sangue no Brasil. A fim de atenuar o problema, o MEC, aliado a esfera estadual e municipal do poder deve exibir campanhas de abrangência nacional, em emissoras abertas de televisão, rádios, jornais e redes sociais, visando conscientizar a população sobre a importância da doação sanguínea, visando salvar vidas e a promoção do bem estar social de toda a população. Além disso, leis que beneficiem quem doa sangue devem ser elaboradas, fomentando esse ato solidário e salvador de vidas. Dessa forma, com base no equilíbrio proposto por Aristóteles, esse fato social será gradativamente minimizado no país.