Materiais:
Enviada em: 16/08/2018

Segundo o escritor Franz Kafka, a solidariedade é o melhor sentimento que expressa respeito pela dignidade humana. Diante disto, um simples ato pode salvar e transformar várias vidas, como ocorreu, após o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, no ano de 2015. Onde, centenas de pessoas se prontificaram a mandar água e mantimentos àqueles que perderam tudo no desastre. No entanto, em outros casos, há empecilhos que dificultam o processo de ser solidário, como acontece em relação a doação de sangue no Brasil.           Primeiramente, a falta de informação corrobora para um déficit sobre a importância de doar sangue. O número de campanhas publicitárias são baixíssimas, e sem uma maior divulgação à população, o número de doadores faz-se menor. Segundo o canal de notícias BBC, a cada dez doadores, seis são voluntários e ainda conforme a ONU ( Organização das Nações Unidas) apenas 1,8% das pessoas entre 16 e 69 anos doam sangue, sendo considerado ideal entre 3% a 5%, caso do Japão, Estados Unidos e de outras nações desenvolvidas.             Além disso, muitas pessoas, ainda acreditam em mitos que vão desde a contaminação por doenças contagiosas pelo material utilizado à perda de peso ao retirar o sangue, diminuindo ainda mais a vontade da população em ser voluntario. Outro fator existente para a desmotivação da população é a legislação ultrapassada, pois, estas criam obstáculos para quem deseja doar sangue. Além da faixa etária o fato dos homossexuais só poderem doar sangue após um período de 12 meses sem relações sexuais é a mais antiquada e conservadora lei, já que a AIDS — Síndrome da Imuno-Deficiência Adquirida – foi associada à homossexual, porém, atualmente atinge a todos os grupos. Ou seja, á ainda uma relação de preconceito de gênero envolvida nesta temática.               Deve-se, então, superar as barreiras que interferem na doação de sangue. Portanto, a mídia tem papel imprescindível na exposição de dados informativos sobre as campanhas de sangue, seja na internet e televisão ou em áreas físicas, como outdoors. Logo, os cidadãos seriam incentivados a exercerem a solidariedade. Ademais, o governo, em parceria com a OMS, deveria alterar as leis que excluem os homossexuais da doação e investir em aparatos tecnológicos que controlem com maior rigor os grupos sanguíneos, para avaliar se o indivíduo é portador de alguma doença e averiguar a qualidade do sangue. As escolas devem realizar campanhas para a conscientização desde a infância com o objetivo de construir o doador no futuro. Dessa forma, o número de voluntários aumentaria e ajudaria aos pacientes que carecem de transfusão sanguínea.