Enviada em: 02/10/2018

De acordo com o historiador Sérgio Buarque de Holanda, o povo brasileiro é dotado de cordialidade, o qual possui comportamento comandado por sentimentos e emoções. No entanto, essa característica não é muito vista no indivíduo brasileiro no que diz respeito a questões sociais. Hoje, o Brasil se depara com obstáculos relacionados a doação de sangue, os quais são edificados por meio da desinformação sobre o assunto somado a uma cultura individualista presente na sociedade moderna. Primeiramente, o Brasil não tem hábito de doar. Isso porque, ainda que relevante, o assunto é pouco abordado e discutido pela sociedade, gerando um quadro de desinformação. Esse fator impede que mais pessoas ternem-se doadoras, visto que, essas por medo de contaminação ou por não conhecerem os parâmetros para doar, optam por não realizarem esse ato cordial e solidário. Desse modo, a falta de informação sobre o assunto é um obstáculo para a doação de sangue. Outrossim, o individualismo social é um agente que corrobora para a problemática. Segundo Balman, o individualismo tornou-se uma característica do mundo moderno, ocupando o lugar do coletivismo e da solidariedade. Esse aspecto possui reflexo direto nas doações de sangue, posto que, em virtude desses valores, parcela social, ao não trabalhar o olhar empático pela causa e a sua importância, preferem não realizar a doação. Nesse sentido, a sociedade, influenciada por valores individualistas, é um empecilho para a doação de sangue. Fica claro, portanto, que são necessárias medidas para transpor os obstáculos. O Ministério da Saúde deve ampliar as campanhas para a doação de sangue, por intermédio de propagandas midiáticas, as quais disponibilizem informações essenciais, com o intuito de mobilizar a sociedade e, assim, aumentar o número de doadores. Ademais, cabe a mídia, como formadora de valores, abordar a temática em propagandas e novelas, a fim de levar a discussão para a esfera social e trabalhar a empatia pela causa. Dessarte, o brasileiro será, de fatos