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Enviada em: 26/08/2018

Segundo o escritor Franz Kafka, a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana. Nessa perspectiva, uma simples ajuda pode transformar e salvar vidas, como é o caso do ato de doar sangue. Assim, é fundamental que haja a conscientização e o incentivo à doação de sangue no Brasil, pois apresenta obstáculos que impede o aumento no estoque de sangue nos homocentros e consequentemente, a disponibilidade de salvar mais vidas.   Primeiramente, a falta de informação fomenta o desconhecimento sobre a importância de doar sangue. As campanhas publicitárias não são frequentes e, sem uma maior divulgação na população, o número de doadores é menor que sua real demanda. Nesse contexto, no estado da Bahia, em fevereiro, por exemplo, há uma maior concentração de eventos devido ao Carnaval, por conseguinte, uma maior ingestão de bebidas alcoólicas e motoristas embriagados, o que faz com que o número de acidentes aumentem e transfusões de sangue tornem-se urgentes. Logo, é crucial o estímulo à doação de sangue, para que o estoque dele seja suficiente quando necessário.   Além disso, a doação de sangue feita por homens homossexuais é um entrave nesse cenário. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cidadãos que tem relações homoafetivas constituem um "grupo de risco", pois nos anos 80 houve uma epidemia causada pelo vírus HIV. Desse modo, o Brasil exclui a doação de sangue de homossexuais no prazo de 12 meses, o que diminui significativamente o número de doadores. Entretanto, essa realidade deveria ser avaliada conforme o comportamento de risco e a saúde do indivíduo e não sua identidade sexual, visto que a Aids também é transmitida por heterossexuais. Assim, o número de doadores voluntários aumentaria e ajudaria a população que carece de transfusão sanguínea.   Diante dos fatos mencionados, medidas devem ser tomada a fim de diminuir os obstáculos da doação de sangue no Brasil. Para isso, o Ministério da Saúde, juntamente com a mídia televisiva, deve investir em campanhas publicitárias que enfatizem a importância da doação de sangue e estimulem cidadãos a exercerem sua solidariedade, além de trazer informações para o esclarecimento. Ademais, o Governo, junto com a OMS, deveria alterar a lei que proíbe homossexuais de doarem e investir em tecnologias eficientes que garantam a qualidade do sangue. Portanto, o número de doadores voluntários cresceria e a transfusão de sangue, no Brasil, deixaria de ser um obstáculo social.