Embora, constitucionalmente,a saúde seja um direito de todos os cidadãos,desde 2013, quando 250 mil pessoas foram às ruas reivindicando por melhorias no sistema de saúde brasileiro as manifestações são frequentes.Ademais, a atual crise econômica do Brasil corrobora para o agravamento da fragilidade desse sistema e um de seus maiores entraves: a doação de sangue. Por conseguinte,embora o Brasil apresente o 8º PIB do mundo apenas 1,6% da população é doadora quando precisaríamos de - no mínimo - 3 a 5% de doações.Pesquisas também mostram que as doações em sua maioria são motivadas por interesses individuais,seja doar para um ente ou amigo,ou até mesmo visando um dia de folga no trabalho. Somada a essa visão individualista temos também a questão do preconceito velado contra homossexuais que só podem doar se estiverem a um ano sem práticas sexuais.O que diminui percentualmente o número de possíveis doadores e a popularidade da prática. Porém não podemos ignorar os casos em que a desinformação é um empecilho para a doação.Embora o número de propagandas e incentivos à doação tenha aumentado significativamente, ainda falta orientação e debate sobre como proceder para doar e seus benefícios.Quando o filósofo Lev Vygotsky afirma que a escola não deve se distanciar dos aspectos da vida social e de seus participantes ele corrobora para a construção de uma visão crítica e de uma cidadania engajada,uma vez que,a escola é uma instituição formadora de opinião que deve ajudar a esclarecer o tema. Cabe às instituições formadoras de opinião, como a escola,promoverem debates e ações sociais para incentivar as doações como visitas ao Hemocentro da cidade,para que os jovens possam ter a experiência.Outrossim é papel da mídia promover campanhas mais informativas sobre o tema explicitando como os possíveis doadores devem agir e quais os benefícios que essa ação traz para a sociedade como um todo.somente assim poderemos vencer esse entrave de saúde pública.