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Enviada em: 02/09/2018

Na obra "Drácula", o autor Bram Stoker retrata a história de Conde Drácula, um vampiro que precisa tomar constantemente sangue para viver. Dessa forma, o livro relaciona-se com os obstáculos observados para a doação de sangue no Brasil, mostrando que essa problemática persiste intrinsecamente ligada aos imbróglios do pretérito, em conjunto à falta de políticas públicas eficazes para resolver a questão.        Ao analisar por um prisma histórico, verifica-se que, durante a Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1939, a evolução das ciências médicas teve grande impacto na vida dos soldados feridos, tornando-se possível a disseminação das doações de sangue para salvar a vida de civis. Todavia, no Brasil, com a inauguração dos bancos de sangue, em 1940, os doadores foram motivados, principalmente, pela renumeração fornecida, contrapondo-se ao altruísmo do ato. Sendo assim, esse acontecimento conecta-se com a atualidade por meio da baixa adesão de doadores de sangue no país, já que segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas 1,8% dos brasileiros são doadores efetivos, o que é abaixo do mínimo ideal de 3%.       Por conseguinte, é indubitável que as chagas da atualidade são a falta de políticas públicas eficazes para incentivar a doação de sangue no Brasil, como a restrição do direito de homossexuais doarem sangue, graças ao estigma social de que a homossexualidade está ligada com a promiscuidade e com a disseminação do vírus da aids, o que mostra o preconceito enraizado da sociedade brasileira, prejudicando o aumento dos números de doadores. Ademais, segundo pesquisas da BBC, a ausência de incentivos educacionais nas escolas, juntamente com os mitos em relação a doação, como achar que doar sangue engorda, dificulta a eficácia das campanhas do Ministério da Saúde, logo, é vital que se siga o ideal de Gandhi, mudando o presente como forma de melhorar o futuro, para sanar esse imbróglio.        Portanto, para resolver os problemas apresentados no livro "Drácula" e seguir o ideal gandhiano, o Ministério da Saúde, em conjunto com o Ministério da Educação, deve criar campanhas de incentivos à doação de sangue, por meio de palestras nas instituições de ensino, inclusive na educação infantil,  desconstruindo os mitos sobre esse ato, para que, assim, aumente o número de doadores voluntários e forme uma nova geração altruísta, com interesse na doação. Outrossim, é importante que o Governo, através de uma emenda governamental, libere a doação de sangue para homossexuais no Brasil, algo já feito em diversos países da América Latina, como o Chile, para que, dessa forma, cresça a quantidade de doadores e diminua o preconceito sofrido por esses cidadãos.