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Enviada em: 02/11/2017

Os últimos anos, início do século XXI, foram marcados por um conjunto de mudanças econômicas e sociais que vêm pautando a vida em sociedade. Em meio a esse cenário, a questão da doação de sangue vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil. Contudo, a falta de altruísmo aliada à ignorância da população brasileira faz com que os números de doações ainda estejam abaixo do esperado, tendo em vista o número de pessoas que habitam neste país.  Dentro dessa perspectiva, a falta de conscientização do povo é um dos maiores obstáculos à doação de sangue, pois esse assunto é pouco debatido dentro do corpo social. A presidente da Fundação Hemominas,  Júnia Guimarães Mourão, defende que a doação é relacionada à "cultura dos países". Ou seja, diferentemente dos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, o Brasil nunca passou por grandes guerras ou grandes catástrofes, e, portanto, não criou na sociedade a compreensão da importância dessa.   Nesse sentido, outro obstáculo é a falta de altruísmo por parte dos brasileiros. Estudos da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) mostram que em cada dez doadores somente seis são voluntários no país, enquanto outros países da América Latina, como Cuba e Nicarágua têm 100% de voluntários. O ponto é que parte dos doadores só se dispõe ao ato de doar quando há interesse pessoal, como uma urgência de família. Para contornar essa situação, é necessário que as pessoas deixem de pensar em si e se coloquem no lugar dos outros.  Torna-se evidente, portanto que o povo brasileiro precisa entender a importância e construir uma nova cultura de doação. Para isso, é importante que as escolas busquem instruir a base da sociedade através de ações educativas propostas pelos professores, que mostrem como os alunos poderão salvar vidas e se tornarem verdadeiros heróis para quem recebe. Sendo assim, os obstáculos serão quebrados e no futuro haverão doadores com responsabilidade social e que doem sem olhar ao próximo.