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Enviada em: 03/11/2017

Talvez, um dos maiores dilemas atuais do Brasil seja a doação de sangue, tendo em vista as restrições feitas a possíveis doadores e a falta de incentivo do governo para formação de novos doadores. Os brasileiros não passaram por nenhuma grande catástrofe natural ou por uma grande guerra no país, possivelmente por isso a população não adquiriu o hábito fundamental de doar sangue, desse modo salvar vidas.                   De início, é importante pontuar que o Brasil está abaixo do ideal programado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em número de doadores comparados a população total, portanto alguns critérios de restrição devem ser discutidos. Por exemplo, atualmente homens que fazem sexo com homens (HSH) estão impossibilitados de doar sangue, assim como qualquer pessoa que nos últimos 12 meses tenha feito sexo com um desconhecido mesmo usando preservativo, ou seja, reduzindo a quantidade de possíveis doadores. É momento do órgão regulador reconhecer o preconceito, afinal casais héteros mesmo sem o uso da camisinha podem doar. De acordo com Martin Luther King: " Toda hora é hora de fazer o que é certo ".                      Além disso, o incentivo do governo em formar novos doadores é discutível, pois com a proibição da remuneração do sangue colhido, faz-se necessária uma nova forma de convencer o público alvo. O esclarecimento dos mitos tem que fazer-se presente, para que através do conhecimento a população possa prestar um serviço social, Gilberto Freyre  descreve bem essa ideia quando diz: " Sem um fim social o saber será a maior das futilidades ". Falta não somente propagandas de incentivação, mas também uma implementação nas escolas da necessidade de se doar, a fim de formar um futuros doadores.                       Logo, é indubitável que o Ministério da Saúde deve cessar com o ato discriminatório de impedir HSH de se tornarem doadores. É necessário também propagandas televisivas explicando quem pode doar e onde há centros de doação com o seu devido horário de funcionamento, outra alternativa possível seria o governo fazer parceria público-privada com empresas, cobrando menos impostos das empresa que incentivar seus funcionários a doar sangue. Dessa forma ter-se-há um Brasil mais próspero.