Enviada em: 03/11/2017

Obstáculos à Transpor         Doar sangue é um ato de nobreza, que ajuda a manter a vida de milhares de pessoas. No entanto, no Brasil existe uma grande dificuldade para se atingir números desejáveis para o suprimento da demanda. Nesse sentido é possível afirmar que novas medidas sejam tomadas para que não ocorra a estagnação  das bolsas desse bem necessário, analisando aspectos que envolvem a metodologia usada e seus incentivos.       Primeiramente, cabe ressaltar que o preconceito atrapalha o progresso dessa prática. Visto que homossexuais só tem sua doação aceita se afirmarem que não praticaram sexo com seu parceiro no período de um ano, realizando uma relação entre opção sexual e promiscuidade. Fato esse que fere os princípios da Constituição Federal, que diz que ninguém pode sofrer tratamento diferenciado devido a sua orientação afetiva.       Além disso, a falta de estímulo aos doadores acaba sendo um fator negativo nesse cenário. Pois os benefícios são poucos, como um atestado diário, que em geral será aceito uma vez ao ano, também a isenção em certos e raros concursos públicos. Dessa forma, se realmente não existir um motivo mais forte, por exemplo, um parente com risco eminente de morte, dificilmente uma grande porcentagem da população adotara esse hábito.       Convém, portanto, para que haja o aumento dos adeptos à doação sanguínea, que os hemocentros flexibilizem as exigências, admitindo enfim aqueles que não sejam heterossexuais, ampliando assim a área de alcance de público. Por sua vez, o Poder Legislativo poderia tornar lei uma série de benefícios aos doadores, como meia entrada em eventos culturais, e um desconto em transportes públicos e privados das mais variadas formas. Afinal como disse o pacifista Ghandi: é preciso agir no presente, para mudar o futuro.