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Enviada em: 21/01/2018

Doar sangue, uma ação tão simples mas que faz tanta diferença. O Brasil tem um número baixo de doadores de sangue, apenas 1,8% da população. A ONU (Organização das Nações Unidas) considera ideal uma nação que tenha de 3 a 5% da população, doadores ativos.       Ainda há mais, de acordo com o site da BBC Brasil, em 10 doadores de sangue brasileiros, apenas 6 são voluntários. O restante doa apenas por razões pessoais, quando um parente ou amigo está necessitando.       O que causa essa falta de doadores no Brasil? Um dos motivos são os inúmeros obstáculos que o Ministério da Saúde implantou para quem quer fazer um ato solidário ao próximo. Alguns dos obstáculos são totalmente compreensíveis, como ter mais de 18 anos e menos de 60 (16 e 17 apenas acompanhados por um responsável), não consumir drogas, não ter alguma doença transmitida pelo sangue ou não estar grávida. Todas essas medidas garantem o bem estar do doador e do receptor e são essenciais para um procedimento seguro.        Porém há alguns obstáculos que são de certa forma questionáveis. Um dos principais é que homens que tiveram relações sexuais com outros homens em menos de um ano não podem doar, situação que corresponde à 10,5 milhões de homens brasileiros. É possível relacionar essa medida com pensamentos retrógrados de que algumas doenças são transmitidas apenas por relações homossexuais, principalmente DST's (Doenças Sexualmente Transmissíveis), como a AIDS. Esse mito já foi mais que comprovado por ser falso mas o preconceito ainda está presente. O médico, professor e escritor, Augusto Cury disse a seguinte frase: "A discriminação demora horas para ser construída, mas séculos para ser destruída".       É necessário que o Ministério da Saúde revise esses obstáculos e apenas continue com os estritamente necessários, que visem apenas a segurança dos envolvidos. O governo também deveria criar campanhas de doação para todos os estados do país, encorajando as pessoas a doar voluntariamente.