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Enviada em: 27/01/2018

Segundo Richard Rorty, “se podemos contar uns com os outros não dependemos de mais nada”. Nessa perspectiva, um simples auxílio pode salvar vidas, como no deslizamento do Morro do Bumba, em Niterói, em 2010.Centenas de pessoas se prontificaram a ajudar as vítimas do acidente com água e mantimentos. Contudo, em outros casos, atualmente no Brasil se vê uma enorme dificuldade no processo de solidariedade, como acontece com a doação de sangue. Esses empecilhos na maioria das vezes são a falta de conscientização e informação.             Em primeiro lugar,a falta de conscientização da população brasileira é um dos principais limitadores para a doação de sangue.Nelson Mandela diz que "a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo", nesse sentido, a melhor maneira de fazer com que o adulto doe sangue,é captá-lo desde criança,através da educação social.Tal deficiência nessa educação é exposta quando se vê que apenas 1,8 por cento dos brasileiros doam sangue, quando,segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde),o ideal de doadores de um país deveria ser de três a cinco por cento de sua população.     Contudo,diante de tantos impasses frente ao problema do tema,ainda há outro contexto para o agravamento do mesmo, sem dúvidas a falta de informação da sociedade fazem surgir muitos problemas para a doação de sangue.Um desses obstáculos é a criação de "mitos" diante às doações.Um exemplo disso são pessoas que acreditam que doar sangue a faria engordar. Outro dado relevante é apenas que 6 em cada 10 brasileiros  são doadores "voluntários", os outros 40 por cento só doam quando algum parente ou amigo precisa.Esse problema seria facilmente sanado se as regras para a doação fossem mais flexíveis,exemplificando, um homem não pode doar sangue se ele se relacionou com outro homem 12 meses atrás.Para ativistas de direitos LBGT,a norma é discriminatória, eles alegam que o que deveria ser levado em consideração é o comportamento de risco e não identidade sexual.Ou seja, se caso o indivíduo tivesse um parceiro fixo, nada o impediria de doar, já que os heterossexuais também transmitem DST´s, como a Aids.     Infere-se,portanto, que atitudes como a falta de informação e conscientização da sociedade são inaceitáveis e,como tal, devem ser sanadas.À mídia cabe o papel de disseminar a informação para a quebra de "tabus" sobre as doações de sangue,as desmistificando,através de tópicos sobre o assunto nas redes sociais,possibilitando a participação ativa da sociedade civil.Outrossim,é válida a implementação de espaço para discussão nas escolas,através de aulas e palestras,sobre a importância da doação de sangue,formando,dessa forma,crianças com responsabilidade social.Desse modo,seria possível disseminar o conhecimento e a conscientização para a sociedade em geral.