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Enviada em: 06/02/2018

No limiar do século XXI, vive-se um grande dilema: os obstáculos para a doação de sangue no Brasil. Frente a essa realidade, pode-se inferir que o brasileiro não tem o ato de doar sangue como um hábito. Além disso, os mitos acerca do assunto repelem grande parte dos doadores.        Devido ao fato do Brasil nunca ter passado por grandes guerras ou por catástrofes naturais, tais como furacões, tsunamis ou terremotos, os brasileiros não desenvolveram o hábito de doar sangue. A exemplo disso, de acordo com o Ministério da Saúde, apenas 2% da população é doadora, o que é classificado como uma faixa segura, porém abaixo do ideal estabelecido pela ONU, que é de 3%. Dessa forma, é preciso que o brasileiro aprenda a demostrar solidariedade não apenas em tempo de crise, mas fazer dela um comportamento imanente.         Em meio a esse contexto, os mitos - que sempre fizeram parte da história grega -  estão também presentes na liquidez contemporânea a qual o Brasil está imerso. Nesse sentido, pensamentos - sem nenhum embasamento científico de que o sangue pode afinar, que o doador vai perder peso e mulheres não podem doar no período menstrual, são convicções oriundas do senso comum, e acabam afastando os doadores. Desse modo, é possível afirmar que a falta de conhecimento é um dos principais fatores que fazem com que o Brasil relegue este ato à condição de colateralidade.            Infere-se, portanto, que a doação de sangue no brasil ainda possui vários obstáculos. Partindo desse viés, cabe ao Ministério da Saúde, através de seminários congressos e palestras gratuitas, engendrar na população o sentimento de solidariedade - mesmo em tempos de calmaria - com o intuito de que a meta de 3%, estabelecida pela ONU como ideal, seja alcançada. Além disso, faz-se necessário também, que as mídias de massa - internet, rádio, televisão - desmitifique todo os paradigmas criados acerca do processo de doação, por meio de uma linguagem acessível a toda sociedade, a fim de estimulá-la, cada vez mais, a doar. Só assim o brasil conseguirá atingir uma porcentagem satisfatória de doadores.