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Enviada em: 25/02/2018

Nos últimos quatro anos os hemocentros brasileiros têm conseguido grandes quantidades de doações sanguíneas. Estas, no entanto, são realizadas uma pequena parcela da população, como consequência do preconceito, desinformação e até mesmo preguiça. Após chegar no Brasil a AIDS se proliferou, inicialmente, entre casais homossexuais e posteriormente usuários de drogas injetáveis e, assim, os héteros. Tal acontecimento levou o governo a considerar os gays como inaptos a doarem, e foi somente na última década que essa política foi mudada. Agora, para contribuir com o seu sangue, os homens devem ficar 12 meses sem terem relações sexuais com seu parceiro, independentemente do uso de camisinha, por serem considerados como grupo de risco. Mediante a essa alternativa, cerca de dez por cento da população masculina do país não tem permissão para doar por ser homossexual – medida que viola os direitos da pessoa -, perda relevante de quase vinte milhões de litros de sangue. Não obstante, a falta de informação, e a não procura pela mesma, é também uma grande contribuinte para manter baixo o percentual de brasileiros doadores de sangue. Além disso, muitos hemocentros apresentam filas e processos demorados, na visão das pessoas, mas que são consequências de pesquisas e essenciais – questionários quanto ao uso de medicamentos, histórico de doenças crônicas e outro - para manutenção da qualidade da doação e segurança do fornecedor e do futuro receptor. Dessa maneira, é necessário que o Supremo Tribunal Federal (STF) conclua seu julgamento sobre o caso e considere como fundamental a coleta de sangue de homossexuais que não apresentem atitudes de risco – relações com diferentes parceiros ao logo do ano, por exemplo – sem que esses tenham que esperar um ano sem se relacionar com o parceiro. Ademais, é de extrema importância que redes de saúde, públicas ou particulares, e ONGs promovam campanhas explicativas sobre essa temática social nas escolas, empresas e redes sociais, a fim de levar a população informada aos hemocentros com mais frequência.