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Enviada em: 05/03/2018

Segundo estudos e análises do sociólogo Émile Durkheim, na sociedade atual é evidente a presença de dois tipos de solidariedade: a mecânica e a orgânica, as quais compreendem, respectivamente, a consciência coletiva e o individualismo. Ante esse cenário, podemos observar no Brasil uma crescente colaboração no que tange a doação de sangue, porém, é minimizada por obstáculos sociais e mitos sobre a prática.   Primeiramente, é preciso analisar quais são os fatores contribuintes para as baixas taxas de cadastro nos homocentros. Constantemente, jornais e reportagens noticiam acidentes de trânsito, casos de violência e doenças de forma exponencial, mas esquecem de mostrar as consequências desses acontecimentos, como a falta de bolsas sanguíneas nos hospitais, um dos fatores que causam a alienação contemporânea sobre a doação de sangue. Além disso, estigmas em relação ao ato contribuem para a não manifestação da população nos centros de coleta. Assim, o compartilhamento de informações sobre o tema ainda é escasso. Ademais, não há como negar que restrições sociais somam-se às barreiras solidárias. Em decorrência disso, podemos citar uma das razões do desfoque de doários no Brasil: homossexuais não podem realizar a ação caso tenham se relacionado sexualmente dentro de 12 meses. Tal restrição não é plausível nos dias atuais, pois critérios de seleção devem ser baseados em vida sanguínea sadia, uma vez que heterossexuais também podem transmitir doenças. Nada disso, porém, seria tão prejudicial à saúde pública se fossem implementadas políticas mais eficientes. Fica clara, portanto, a primordialidade do aumento de doadores contínuos. Para tal objetivo, as escolas, com o apoio do Ministério da Saúde, devem estimular a capacidade solidária das crianças por meio de palestras associadas a super heróis. Somado a isso, o Legislativo têm de reorganizar as leis que impedem os homossexuais de realizarem sua colaboratividade. Talvez um dia, assim, a solidariedade mecânica acrescida de uma sociedade direcionada, faça do mundo um local cheio de "salva-vidas".