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Enviada em: 19/07/2018

Segundo o sociólogo Émile Durkheim, o homem, mais que formador da sociedade, é produto dela. Sendo assim, é notório que os valores socioculturais só são adquiridos por um indivíduo quando generalizado entre o povo. Desse modo, pode-se inferir que a doação de sangue no Brasil, apesar de ser incentivada, tem encontrado diversos obstáculos. Nesse sentido, convém discutir as principais causas e buscar soluções a fim de mudar essa realidade.    Nesse contexto, é importante ressaltar como um dos fatores que impedem o sucesso nas doações está relacionado a estigmas populares. Tendo em vista que muitos cidadãos acreditam que, ao doarem sangue, poderão contrair algum tipo de patologia, ocasionando tanto a falta de voluntários, tanto quanto o aumento de mortes pela falta de sangue. Ainda de acordo com Émile Durkeim, o ser só poderá agir quando conhecer o contexto em que está inserido. Logo, é imprescindível a erradicação de mitos quanto à coleta sanguínea.   Outrossim, referem-se as rígidas normas e proibições para os voluntários. Em decorrência da proibição de cidadãos masculinos que tenham tido relações com indivíduos do mesmo sexo nos 12 meses antes da coleta, ocasionando a exclusão de grande parcela do tecido social. Cabe ressaltar que, segundo o Ministério da Saúde, países, como o Uruguai e Venezuela, já é legalizado a doação de homossexuais. Desse modo, é de suma importância revisar as regras impostas para os doadores, para que a negação seja pela existência de riscos, e não por caráter discriminatório.   Destarte, para sanar esse déficit social, a população tem que participar ativamente. Logo, a Mídia, por meio de jornais e propagandas, pode desmistificar inverdades e incentivar a doação, com o fito de aumentar os doadores. Paralelamente, as escolas devem, desde cedo, ensinar as crianças a importância da doação, visando a formar futuros doadores com responsabilidade social, a fim de que esse não seja mais um obstáculo no Brasil.