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Enviada em: 08/03/2018

O sangue desenvolve no organismo funções vitais como o transporte dos gases oxigênio e carbônico, e o controle do sistema de defesa. Assim, a falta desse tecido pode ocasionar consequências irreparáveis na vida do ser humano. No entanto, embora no Brasil o número de pessoas aptas a doá-lo supere o de pessoas que aguardam a doação, os dados ainda se mostram incompatíveis e longe de um equilíbrio saudável.   Um dos obstáculos que agravam a situação é a falta de informação por parte da sociedade que, contentando-se com crenças populares e de baixo teor científico, prefere manter distância dos hemocentros, deixando de ajudar vidas que dependem da solidariedade para continuar lutando. Uma crença ainda muito comum é a do aumento da produção sanguínea após a retirada, fato esse que em nada corresponde com a realidade, visto que o organismo terá seu volume linfático reposto em 24 horas e o manterá constante.   Ademais, os centros de recebimento de sangue têm ainda diversas exigências que afastam os doadores de seus estoques, como a impossibilidade de doação por parte de homens homossexuais. Tal restrição além de preconceituosa, é infundada, visto que, tomando o caso do HIV, por exemplo, dados do Ministério da Saúde apontam que desde a década de 90, a maior disseminação ocorreu entre heterossexuais.   Isso posto, fica clara a necessidade de mais campanhas publicitárias promovidas pelo Estado para desmistificar o ato de doar e conscientizar a população da importância disso para a vida de inúmeros pacientes. Outrossim, é imprescindível a atualização de políticas internas das instituições públicas responsáveis pelas atividades hemoterápicas no intuito de amplificar o hall de possíveis voluntários, desde que não se coloque em risco o recebedor, mantendo  um controle de qualidade rígido, com todo o aparato bioquímico disponível para atestar a viabilidade do material coletado.