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Enviada em: 26/03/2018

Segundo Franz Kaftka, escritor alemão, a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana. Nessa perspectiva, ações humanitárias como a doação de sangue representam, indubitavelmente, grande importância para transformar e salvar vidas. Entretanto, o exercício dessas ações tornam-se limitadas, uma vez que a permanência de certos estigmas e mitos na hora da coleta, assim como falta de um pesamento altruísta na população corroboram para essa realidade. Dessa maneira, deve-se discutir as vertentes que englobam tal problemática no Brasil.       Em uma primeira análise, deve-se considerar que a falta de informação acerca da doação de sangue contribui para a conservação de estigmas associados a insegurança na hora da coleta. Nesse cenário, de acordo com sociólogo Émile Durkheim, o indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que esta inserido. Dessa maneira, muitos indivíduos desinformados  em relação ao contexto dos métodos usados na coleta de sangue temem, por exemplo, em contrair doenças infecciosas, bem como afirmam que tais doações interferem no metabolismo do doador. Assim, revela-se primordial ações de políticas sociais vinculado a informação, a fim de desfazer paradigmas com relação a insegurança dos indivíduos.          Outrossim, é valido ressaltar que a falta de altruísmo na sociedade brasileira ratifica os obstáculos na doação de sangue voluntária. Nesse viés, conforme salientou Yêda Maia,  presidente do Hemope em Recife, o Brasil não se prepara para captar o doador desde criança. Dessa forma, a falta de mecanismos que impulsionam um pensamento humanitário, a exemplo, o papel das escolas, corrobora para um sociabilidade menos aberta, em que o indivíduo torna-se mais individualista e pouco comprometido com o próximo. Por esse ângulo, deve-se congregar ações que interagem mutuamente com o intuito de formar doadores com responsabilidade social e solidariedade real.           É imperativo, portanto, uma sinergia entre o Estado e a população para atenuar esse impasse em alta. A priori, cabe as Secretárias de Saúde, juntamente com o auxílio dos agentes da saúde transmitirem, por meio de palestras e  folhetos nas localidades e ambientes públicos, informações mais esclarecedoras sobre os métodos seguros usados na coleta, bem como divulgar nos meios midiáticos, relatos de pessoas que doaram e receberam sangue, a fim de mostrar o quanto essas ações altruístas podem modificar e salvar vidas. Concomitantemente, passa ser função também das escolas proporcionar um ambiente que enfatize a importância da doação de sangue, por meio de trabalhos e debates em sala de aula, adaptando a compreensão de cada série, com intuito de que os jovens percebam  a saúde como  direito e responsabilidade pessoal e coletiva.