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Enviada em: 09/03/2018

De acordo com a Constituição de 1988, o direito à vida é garantido a todos os brasileiros de forma universal. Para que isso ocorra, dentre outros fatores, é necessário o elemento essencial: o sangue. No entanto, sua disponibilidade não está grande como deveria ser, seja por falta de acesso à informação, seja por uma burocracia retrógrada.    Primeiramente, a população, em sua maior parte, desconhece a facilidade e a segurança do processo de concessão sanguínea. Em primeiro lugar, o processo dura menos de uma hora; as agulhas são projetadas de forma a não doer no indivíduo, além de serem abertas em frente a ele para evidenciar que não há risco de contágio. Por outro lado, basta trazer consigo um documento de identificação, como a identidade, que já é possível doar. Portanto, o desconhecimento disso é um dos fatores que contribui para os baixos índices que se evidenciam atualmente.        Além disso, a mentalidade de que homossexuais, no momento atual, representam um grupo de risco é falsa e leva ao não recolhimento de hemáceas perfeitamente válidas. Por exemplo, apesar de utilizar sempre a camisinha e ter um relacionamento estável monogâmico, um gay ainda enfrenta sérios problemas em se tratando da doação, já que é estigmatizado, seja pela falsa crença de que apenas gays adquirem HIV, seja simplesmente por sua orientação sexual. No fim, pessoas que precisavam de sangue morrem devido à ausência deste por essas tristes mentalidades.       Por fim, conclui-se que é essencial o combate a legislações e regulamentos que levam à morosidade da doação, além da necessidade de conscientizar as populações. Portanto, o Governo Federal deve aliar-se à mídia televisiva no âmbito da divulgação de campanhas que mostrem como é simples e seguro partilhar o sangue. Além disso, o Senado deve propor leis que acabem ou reduzam o tratamento diferenciado dado aos homossexuais para que assim haja mais bolsas sanguíneas disponíveis. Apenas assim, vidas serão salvas; a Constituição, cumprida.