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Enviada em: 12/03/2018

Doenças, acidentes, hospitais. Eis o contexto onde infere-se a demanda de doadores de sangue no Brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 1,9% da população do país é doadora. Entretanto, esse número é pequeno comparado à demanda do banco de sangue dos hospitais. Assim, tornam-se uns dos principais empecilhos dessa problemática as questões sócio-culturais e os mitos e medos impostos pelos indivíduos leigos sobre o assunto.    É sabido que certos grupos sociais, ligados à religião e crenças limitantes, são uma grande parcela da população que optam por não doar e nem receber transfusões, baseados em passagens bíblicas, e esses já somam 800 mil adeptos no Brasil. Em nota , a OMS informa que realiza em média 55 cirurgias por dia, e cerca de 10% exigem a transfusão. Porém, quando houver a necessidade de obtenção do sangue nesses, os médicos usam um fluído capaz de exercer as mesmas funções.      Cabe, nesse contexto, destacar que por falta de informação do público e histórias reflexivas, como a exposta no livro de Júlio Emílio Braz que conta a vida de Tinho que sofrera um acidente de moto, recebeu uma transfusão de sangue e, dois anos depois, descobriu que era portador do vírus HIV, a sociedade cria receio e mitos sobre doar e receber essa ´´ seiva da vida``. Exemplo disso, é o equívoco de inferir que possa perder ou ganhar peso durante o ato. Todavia, profissionais da saúde hemoterápica garantem que o procedimento é regido por regras rigorosas ao voluntário antes de doar.     Portanto, medidas são necessárias para mudar esse impasse. Para isso, as instituições de saúde junto ao Governo devem oferecer vantagens a doadores regulares, como isenção da taxa de matrícula em concursos. Outrossim, o Ministério da Saúde promover campanhas conscientizando a população, assim mitigando os mitos. Com isso, entender -se - á o que o pensador Sérgio Fornasari dissera: ´´ Doar sangue é ver sua vida correr em outras veias``.