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Enviada em: 10/03/2018

‘A acomodação política leva ao caos social’. A frase do filósofo Aristóteles deixa explícita a mentalidade que rege a conduta em frente da doação de sangue no Brasil por parte do Poder Público. Dessa forma, é válido analisar que o órgão mencionado não propicia o aumento da temática citada, seja pela falta de investimentos em campanhas de conscientização e na estrutura de hemocentros.                É indubitável que a criação de um mito sobre o assunto perpetua-se ao longo dos anos. Isso se dá porque há muitas crendices populares (que doar sangue engorda, que doou uma vez, terá que doar sempre, entre outros) por grande parte da população. Esse cenário não estimula o aumento de doadores. Prova disso são os dados do site Uol, de junho de 2017, que mostram que seria necessário dobrar o número de doadores da nação brasileira. Assim, outro fator que colabora para esse cenário é a falta de campanhas publicitárias do Governo Federal para a desmistificação da problemática.                Além disso, a falta de investimentos de recursos financeiros em alguns hemocentros do país contribui para o não aumento de doadores. Isso ocorre, porque, segundo dados do jornal O Globo de junho de 2017, em alguns hospitais do Nordeste, faltam agências transfusionais- uma espécie de filial de hemocentros dentro do centro médico - e, ainda, materiais para a coleta (luva, seringa, entre outros).               Dessa maneira, algumas cirurgias não foram feitas. Mediante os fatos supracitados, é de fundamental importância a conscientização da sociedade civil e investimentos em hemocentros. Isso pode ser realizado por meio do Governo Federal, em parceria com o Ministério da Saúde e agências de publicidade, respectivamente, mediante a divulgação em mídias visuais (criação do Banco de Doadores virtuais por intermédio do Facebook) e impressas (folhetos explicativos, outdoors), cuja finalidade é de desmistificar as crenças populares sobre a temática. Além de que, é essencial que o Estado, em conjunto com ONGs, angarie fundos para que possa investir em hemocentros, com o intuito de aumentar o número de doadores. Logo, poder-se-á afirmar que a frase de Aristóteles será colocada em prática.