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Enviada em: 11/03/2018

Hipócrates, conhecido como o "Pai da Medicina Ocidental", rejeitou as explicações míticas sobre a saúde e passou a estudar o funcionamento do corpo humano a partir da razão. Nesse contexto, muito dos conhecimentos atuais tiveram como base os seus estudos e vários avanços são perceptíveis, por exemplo, a transfusão de sangue. No entanto, pelo motivo de ainda haver obstáculos para a doação no Brasil, o estoque não é considerado satisfatório.       Nessa perspectiva, convém apontar como uma das principais causas desse problema a falta de incentivo à doação. Dessa forma, segundo a Organização das Nações Unidas apenas 1,8% da população realiza essa ação. Consequentemente, os profissionais da saúde, por serem dependentes da disponibilidade de sangue nos hospitais para realizarem o seu trabalho, muitos dos procedimentos acabam não ocorrendo pela ausência, principalmente dos tipos considerados raros. Nessa lógica, muitas das vidas poderiam ser salvas, caso houvesse uma maior conscientização da sociedade para, assim, a população doadora se tornar a ideal.        Outrossim, outra circunstância dessa problemática é o fato de homens possuidores de relações homoafetivas serem considerados ináptos para o doação pelo risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis. Porém, nessa mesma Portaria do Ministério da Saúde, é proibido que nos serviços de hemoterapia haja tratamentos discriminatórios devido a orientação sexual. Posto isso, além de ser uma barreira para o aumento das doações é inconstitucional serem tratados de forma diferente porque todos os indivíduos, de todas as orientações sexuais, serem alvos das mesmas patologias.        Urge, portanto, a necessidade de caminhos para a resolução desses impasses.  Sendo assim, cabe ao Ministério de Saúde em parceria com as mídias televisivas e sociais promoverem ações de conscientização por meio de campanhas de longa duração sobre a importância da doação de sangue. Paralelamente, é necessário que o mesmo ministério revogue a regra impedidora de pessoas do sexo masculino não possam ser candidatos a serem doadores, caso tenha realizado relações sexuais com outros homens no período de 1 ano.