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Enviada em: 19/03/2018

A doação de sangue é uma ato de solidariedade e de cidadania. Tal ação é crucial para a realização de transplantes, cirurgias e atendimentos de urgência. Apesar de o Brasil possuir uma das melhores hemoterapias do mundo e ter solucionado o problema da monetização na doação de sangue, são notáveis diversas barreiras a serem ultrapassadas. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: a orientação sexual e a transmissão de sangue pelos jovens.    Nesse contexto, até 2014, a opção sexual interferia negativamente para a seleção de doadores. Isso dava-se pelo fato de que homossexuais e bissexuais eram proibidos de doarem sangue. A despeito da liberação, após 2014, outro problema surgiu no que se refere as restrições para homens que fazem sexo com homens (HSH). Tais limitações definem a não realização sexual durante 12 meses para poderem dar suas contribuições. Essa medida, portanto, gera uma redução substancial nos estoques dos hemocentros. São necessarias, em vista disso, diligências para demonstrarem que a orientação sexual nao deve ser critério para a doação.    Nessa conjuntura, os jovens são os que menos doam sangue, seja por falta de informação, seja pelos seus atos e rotina. De uma lado, Mesmo que fiquem conectados o tempo todo, pessoas desta faixa etária não tem a consciência e os devidos estímulos para contribuírem com os 450 ml de sangue. Por outro lado, a vida de baladas com relações sexuais casuais e realização de diversas tatuagens, os impedem de efetuar este ato de solidariedade, na medida em que, para ambos com casos, são necessários 12 meses para a concessão de sangue. É claramente notável, portanto, a conscientização dos jovens no que se refere a essa prática que salva vidas.    Faz-se imprescindível, destarte, condutas contra a discriminação nos hemocentros e com objetivo de despertar a vontade de doação pelos juvenis. Por conseguinte, cabe ao Ministério da Saúde à fiscalização do cumprimento da legislação brasileira vigente que é contra o preconceito e distinção por orientação sexual. Almejando, assim, um acréscimo no fluxo de sangue nos hemocentros. Ainda, cabe as agências publicitárias aumentarem as propagandas sobre doação, não apenas próximo dos dias, nacional (25/10) e mundial (14/7), dos doadores de sangue, mas em períodos de festividades, como o carnaval, pois são nessas épocas que ocorre uma redução imensa nos estoques de sangue. Ademais, a criação de páginas no Facebook e outras redes sociais expandirão essa difusão, no intento de alcançar o maior contingente de cidadãos possível. À vista disso, o Brasil chegará ao ideal estipulado pela ONU , correspondendo com 3% da população neste ato de cidadania.