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Enviada em: 17/03/2018

O princípio da isegoria, que remota desde a antiguidade, assegura o direito de viver com livre participação humana e igualdade perante a todos. Entretanto, torna-se visível a ausência de complacência na sociedade brasileira em relação a doação de sangue, seja pela falta de informação ou pelo preconceito vivido através dos homossexuais, o que acaba intensificando a ideia de exclusão social.            A falta de conhecimento é uma das principais barreiras relacionadas a doação de sangue. Segundo dados do site da BBC Brasil, apenas 1,8% da população brasileira doa sangue, enquanto que a ONU( Organização das Nações Unidas), considera que o ideal seja entre 3% e 5%. Por conta disso, há um déficit nos bancos de sangue e nos demais hospitais do país, visto que a falta de conscientização populacional, seja pelo medo de contrair doenças ou através do descaso em ajudar ao próximo, o que corrobora ainda mais para que várias pessoas venham a óbito, ora por doenças ou por meio de acidentes. Logo, a falta de informação em relação a doação sanguínea no país, é um fator limitante para o aumento de doações em todo o Brasil.               Ainda nesse aspecto, têm-se o empecilho na realização de doações sanguíneas em relação ao público homossexual no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, o homossexual só pode doar sangue após doze meses de abstinência sexual, por fazer parte do protocolo de regras sanitárias que visam proteger de possíveis infecções os pacientes que receberão as transfusões sanguíneas. Em virtude disso, esse critério imposto pelo Estado, acaba sendo visto de forma taxativa e de cunho preconceituoso, posto que a orientação sexual não deve ser usada como um critério, porquê não há um grupo de risco, mas um comportamento de risco onde pressupõe-se que qualquer outra pessoa, sendo homossexual ou não, possa vir a ser exposto. Com isso, a sociedade só tem a perder devido ao preconceito, convergindo na ausência de sangue nos Hemocentros do país.                Contudo, ainda há muito a ser feito para que se diminuam as lacunas entre a população e o ato de doar sangue. Em razão disso, o Ministério da Saúde deve realizar projetos como "A hemoglobina solidária", pois, através de trailers disponíveis nas praças em todo o país, além de estarem devidamente equipados a fim de obter não somente a doação de sangue, mais também para hajam palestras que ressaltem a importância em doar o sangue, mediante a uma equipe formada por: médicos, enfermeiros e biólogos, sanando assim as dúvidas da população quanto a essa questão. Ademais, as mídias como: televisão, rádio e a internet, tem a função de divulgar campanhas de conscientização em relação a doação de sangue para a população, fazendo jus à isegoria.