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Enviada em: 03/04/2018

O princípio universal Parmênico  Desde o século XIX, problemas quanto a transfusão sanguínea já eram recorrentes, em especial pela dificuldade de se armazenar o sangue coletado. Analogamente, quando se observa a doação de sangue no Brasil, verifica-se que a problemática ainda persiste ligada à realidade do país, seja pela falta de empatia da sociedade, bem como na ausência de investimentos governamentais.  A princípio, é fundamental perceber que a inexistência de um pensamento coletivo é um fator preponderante na manutenção de tal obstáculo. Desse modo, segundo o sociólogo Émile Durkheim, numa sociedade orgânica - típica de grande cidades brasileiras-, a solidariedade social diminui consideravelmente. Sendo assim, é notório que no país, o "pensar no outro" é uma atitude praticamente inexistente. Em decorrência disso, é explicável o porquê de boa parte dos brasileiros não doarem sangue com frquência, ou ainda, nenhum vez em suas vidas.  Ademais, quando se analisa o papel governamental, é perceptível que exista uma carência em investimentos nesse setor. Dessa forma, a falta de postos especializados na transfusão e armazenamento do sangue contribui para agregar o problema. Assim sendo, a locomoção para outras regiões que possuem tais postos torna-se necessária, o que, por consequência, desmotiva os possíveis doadores. Tal fato, é um dos motivos que explicam a pequena quantidade de doadores sanguíneos no Brasil, a qual não chegam a 2% de toda a população.  Torna-se evidente, portanto, que similar aos ideias do filósofo Parmênides - que crê no princípio de que nada no universo mudo-, os obstáculos na doação de sangue permanece necessitando de uma intervenção a fim de mudar esse paradigma. Sob esse aspecto, o Ministério da Saúde, em cossonância com a mídia, deverá, respectivamente, construir novos postos de doação a partir de um redirecionamento de verbas da Receita Federal, além de promover peças publicitárias e novelas engajadas que tratem da importância de se doar sangue, com a finalidade de atrair uma maior gama de doadores. Somente assim, a longo prazo, teremos um país solidário e participativo.