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Enviada em: 18/04/2018

Depara-se cotidianamente com os dilemas da doação de sangue no Brasil, uma vez que a demanda por bolsas de sangue é grande e a dificuldade de manter os estoques permanece. Tamanho obstáculo se dá ,principalmente, devido ao medo do ato de doar, o qual muitos brasileiros ainda conservam. Além disso, os entraves que muitos enfrentam ao se deslocarem para os centros de doação também colaboram com essa questão.      Não raro, o receio de uma furada de agulha no braço, ou de passar mal logo após doar sangue afasta muitos brasileiros da realização da doação. Tanto que, mesmo munidos de informações sobre o assunto (por meio de campanhas públicas de saúde, por exemplo) , falta coragem para eles se solidarizarem. No entanto, parafraseando Nelson Mandela, a coragem não elimina o medo, mas sim é capaz de superá-lo. Isso quer dizer que, mesmo receoso, o homem pode se esforçar para salvar a vida de seu próximo. E no quesito doar sangue, ao vencer o medo, uma pessoa solidária poderá salvar ainda mais vidas, já que é possível separar os componentes sanguíneos em 4 fases e, com isso, ajudar 4 pessoas ao mesmo tempo.       Por outro lado, há aqueles, já corajosos, que gostariam de exercer com assiduidade o seu papel de doador, porém, o centro de doação de sangue mais próximo a si, encontra-se muitas vezes distante de sua moradia, sendo este mais um entrave a considerar. De fato, os hemocentros estão concentrados nas capitais do país, dificultando os interioranos de muitas cidades a doar quando se deseja. Geralmente, esses têm de esperar unidades de coleta móveis chegar até sua cidade, ou têm de se descolar a longas distâncias. Entretanto, as visitas dessas unidades nem sempre são frequentes, impossibilitando a assiduidade dos doadores, o que prejudica a manutenção dos estoques de sangue.        Mediante esses obstáculos, é necessário descentralizar os centros de doação de sangue e criar medidas eficazes para encorajar a população a tomar a atitude de doar. Para isso, o Ministérios da Saúde pode contribuir ao investir na construção de mais hemocentros nos interiores dos estados e , também, ao ampliar o número de unidades móveis para a coleta de sangue da população nas cidades vizinhas. Ademais, o SUS pode colaborar ao financiar campanhas encorajadoras nas quais hajam a exposição de depoimentos de quem já doou, a fim de inspirar nas pessoas a superação do medo. Desse modo, será possível que os estoques de sangue de todo o Brasil sejam mantidos.