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Enviada em: 19/03/2018

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) somente 1,8% da população brasileira entre as faixas etárias de 16 e 69 anos doam sangue, porém a taxa considerada ideal seria de 3% a 5%. Nesse contexto, dois fatores não podem ser omitidos: o individualismo e a escassez de informações.   Em primeira análise, cabe pontuar o individualismo principal causador dos obstáculos para a doação de sangue. Segundo a teoria da Modernidade Líquida de Zygmunt Bauman, as relações hodiernas são efêmeras, pois estão baseadas no individualismo, onde as pessoas não conseguem se envolver em laços interpessoais com o próximo. Logo, devido a essa falta de afinidade o ser humano se torna insensível à necessidade do outro, diminuindo assim os números de doações, não contribuindo para esse simples ato de suma importância.  Outro fator irrelevante é a escassez de informação. A doação de sangue no território brasileiro é repleta de utopias desnecessárias. Diversas pessoas pensam, por exemplo, que o sangue irá engrossar ou afinar. Além disso, acreditam que a execução pode se tornar um tipo de vício, ideias totalmente errôneas. Desse modo, a prática de transfusão sanguínea se torna escassa no Brasil.   Torna-se evidente, portanto, que os obstáculos para a doação de sangue no Brasil podem ser erradicados. O Ministério da Saúde deve realizar palestras nos espaços públicos ministradas por filósofos e sociólogos em forma de mesa redonda para que fosse discutido a importância de quebrar barreiras individualistas, mostrando a necessidade de ajudar o próximo. Ademais, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) deve inserir na matriz curricular a disciplina ética e cidadania, para acabar com o problema de desinformação, desde os primeiros pensamentos infantis. Por fim, é necessário que a mídia crie campanhas televisivas em rede mundial incentivando a atitude de doar sangue. Logo, o Brasil terá a taxa ideal de doações prevista pela ONU.