Enviada em: 27/03/2018

De acordo com  o Ministério da Saúde, 1,8% da população brasileira é doadora de sangue, número que está dentro dos parâmetros de 1%. Contudo, essa porcentagem é inferior a recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ,que é 3%. Nesse contexto, deve-se analisar como a falta de solidariedade e de conhecimento influenciam para tal problemática.       Primeiramente, deve-se observar a predominância do individualismo influenciando ao baixo número de doadores de sangue no Brasil. Isso ocorre porque, conforme defendeu Émile Durkheim, na sociedade moderna houve a substituição da solidariedade e da consciência coletiva pelo domínio dos interesses pessoais. Em decorrência disso, as relações efetivas são trocadas pelas volúveis e momentâneas. Ademais, não há mais o brotamento da troca de empatia, em que o ser humano não se posiciona no lugar do outro, o qual precisa de uma simples gesto de voluntariedade que irá nortear sua vida.      Paralelo a população, a ausência de informações é outro fator que dificulta a doação de sangue. Essa problemática é pertinente devido a presença de inúmeros mitos e estigmas que ainda existem em relação a essa prática. Vários indivíduos, por exemplo, acreditam que quem doa uma vez terá que doar sempre. Além disso, também creem que podem ser infectados por alguma doença no momento da retirada de sangue. Por consequência da falta de conhecimento, o Brasil custará para chegar na porcentagem indicada pela OMS.         Fica claro, dessa forma, o individualismo e o desconhecimento dificultando a doação de sangue. Cabe ao MEC, adicionar na grade curricular escolar disciplinas que debatem sobre a fraternidade e sua importância para o indivíduo que necessita dela, a fim de desenvolver uma consciência coletiva. Ademais, o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério Público, deve lançar propagandas ,através da mídia, sobre os benefícios da doação, desfazendo essa mentalidade de mitos a respeito desta prática. Assim, atingindo a porcentagem indicada pela OMS.