Materiais:
Enviada em: 20/07/2018

Na sociedade pós-industrial, sabe-se da importância vital do sangue. Responsável pelo transporte e armazenamento das hemácias, plaquetas e leucócitos, os guardiões do corpo humano, ainda distribui oxigênio e nutrientes para o organismo, contribuindo para o seu funcionamento. Este, necessário para reposição em situações de emergência ou de doenças características, tem a doação como principal mecanismo. Entretanto, existem empecilhos que não levam esta ação ao seu ápice, além de restrições que reduzem consideravelmente os índices. Em primeiro lugar, procedimentos de cateterismo não são considerados, pela maioria da população, confortáveis de se realizar. Adicionado a isso, as famosas frases, A agulha é grande, Vai doer!,  características do medo presente na população é fator predisponente para a diminuição do número de doadores. Além disso, a busca pelo desconhecido muitas vezes não é atrativa, e a doação de sangue, muitas vezes, é considerada desconhecida pela população. Que práticas são necessárias? Que cuidados deve-se ter? O que é necessário para doar sangue? Essas, indagações comuns, que poderiam facilmente serem respondidas; entretanto, quando não sanadas são determinantes, ao serem apresentados números. Seguindo essa premissa, existem restrições para a doação de sangue para homens sexuais, os conhecidos HSH, homens que fazem sexo com homens. Embora retratada como uma medida sanitária, com a finalidade de prevenir infeções, pode-se perceber em tal mecanismo, cunho preconceituoso. É exigido um período de no mínimo um ano sem a realização de relações sexuais para a permissão de doação. Vale salientar que inúmeros litros de sangue são perdidos com tal restrição, visto que, diferentemente da mulher, que pode doar apenas o equivalente a três vezes durante o ano, o homem, por possuir rápida restituição do ferro no organismo, pode doar até quatro vezes durante o ano. Torna-se e vidente, portanto, que desafios e restrições existem no contexto doação sanguínea, e devem ser superados. É papel do Ministério da Saúde investir em propagandas e anúncios que englobem todos os meios de comunicação, tornando-se acessíveis a todos, a fim de convidar a população a abraçar essa causa. Além disso, em parceria com o Ministério da Educação, deve instituir o assunto na Base Comum Curricular, desde o início da formação na disciplina de Ciências e posteriormente Biologia, a fim de explicitar as informações necessárias, instigando crianças e adolescentes do presente a se tornarem adultos doadores no futuro.