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Enviada em: 01/04/2018

Fazendo a diferença                                                                        "A sociedade é um organismo vivo". A célebre frase do sociólogo francês Émile Durkheim, descreve com eficiência o histórico processo homoterapêutico no mundo. Desde 1930 com o descobrimento do sistema ABO de tipagem sanguínea feito pelo médico Karl Landsteiner  houve diversas evoluções significativas e funcionais para sobrevivência de toda sociedade. Todavia, o Brasil vem se deparando com alguns empasses, tal como: a falta de conscientização e estigmas que colocam em cheque todo progresso alcançado até a atualidade.                                                                                                             Nessa conjuntura, é importante destacar, a princípio,  que a falta de conscientização do brasileiro é um fator limitador  para a doação de sangue no país. Com isso, observa-se a carência de doadores ressaltada pela Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco, onde afirma "há uma ausência grande de voluntários, ou seja, aqueles que doam com frequência independente de quem receberá e um aumento relevante de reposicionistas, os que doam para um paciente certo", cenário indicador da falta de integração social. Outro ponto em evidência, é o fato de doações servirem como meios para adquirir benefícios como: dia de folga, amparado pela lei no artigo 473 da Lei do Trabalho, desvelando  que o interesse maior da comunidade ainda não é ajudar o próximo.                                            Além do mais, salienta-se também os estigmas como empecilhos potenciais no que se refere a doação de sangue, uma vez que há, falta de informações concretas que por consequência podem gerar muitas dúvidas e receios. Aliado a isso, é conveniente sobrelevar a fala de Joseph Goebbels Ministro de propaganda da Alemanha Nazista, que diz "uma mentira dita mil vezes torna-se verdade", e quando isso acontece pensamentos como "doar sangue engorda" ou "não confio, posso pegar doenças" ganha mais visibilidade do que o "doar sangue salva vidas", causando mortes e regresso na evolução humana.                                                                                                                                                          Diante do exposto, cabe ao Governo inserir a conscientização para doar sangue na cultura brasileira, através  de campanhas publicitárias com a frase "um por quatro" , em todos os meios midiáticos para que haja o entendimento coletivo de que uma doação salva até quatro vidas. Também se faz mister, que as escolas  ensinem as crianças desde a primeira infância o significado de doar sangue, para que adultos não tenham dúvidas sobre o procedimento e tornem-se doadores regulares. E  por último, é imprescindível  que os Hemocentros liguem regularmente para os seus doadores cadastrados e os chamem para que façam suas doações com mais responsabilidade com o próximo para que a sociedade permaneça sendo um organismo vivo de Durkheim.