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Enviada em: 02/04/2018

Um Pouco que Salva Muitos       Através do compartilhamento de sangue, pode-se salvar inúmeras vidas, entretanto, esse líquido não está presente em grandes quantidades nos hemocentros brasileiros, ainda que o Brasil seja o país com o maior volume coletado em termos absolutos da América Latina, doa proporcionalmente menos que outros países latinos, de acordo a Organização das Nações Unidas (ONU).        Uma única bolsa de sangue com 450 ml é capaz de salvar até 4 vidas, depois que o líquido for processado e separado em diversos concentrados de elementos figurados, que esses concentrados, por sua vez, são utilizados em diversas situações como tratamentos de quimioterapia e em pacientes com dengue hemorrágica, por exemplo, comenta Paula Panzani, hematologista e hemoterapeuta.       A ONU recomenda que, pelo menos, 5% da população de um país doe, porém, o Ministério da Saúde informa que apenas 1.8% da população brasileira é doadora. Ainda que o total armazenado de sangue seja grande, não é capaz de suprir todas as necessidades dos hospitais e centros de tratamentos, que poderiam utilizar o sangue partilhado nas cirurgias – que essas são constantemente adiadas pela ausência do fluído – ou nas transfusões de pacientes com doenças que necessitam de transferências sanguíneas semanalmente, tem-se como exemplos dessas enfermidades a anemia falciforme e talassemia.       Com o intuito de aumentar o número de bolsas de sangue, no dia 25 de novembro, é celebrado o Dia do Doador Voluntário de Sangue, a fim de celebrar as pessoas que deixam um pouco de seu sangue em prol de ajudar os necessitados, sem que ganhe nenhuma remuneração. Há muitos anos, quando uma doação era realizada, recebia-se uma quantia, porém a qualidade do fluído dividido era duvidoso, pois muitos não esperavam o tempo mínimo para seu sangue se recuperar completamente e colocavam sua vida em risco, pela recompensa ganha.        Diante do apresentado, percebe-se que o resultado de poucas doações acaba prejudicando muitas pessoas que necessitam desse sangue. Com intenção de reverter esse quadro, a implementação de campanhas nos colégios, com o propósito de conscientizar os jovens a respeito das doações, e esses, por sua vez, incentivarem seus responsáveis a se tornarem doadores regulares. Dessa forma, a quantidade de bolsas de sangue coletadas aumentará ao longo do tempo, e os jovens, que antes foram mediadores nesse processo todo, poderá doar a partir dos seus 16 anos.