Materiais:
Enviada em: 11/04/2018

"Não devemos contentar-nos em falar do amor para com o próximo, mas praticá-lo". Com essa máxima, o filósofo alemão Albert Schweitzer mostrou que simples atitudes empáticas e altruístas são capazes de mudar a realidade de milhares pessoas. Entretanto, no Brasil hodierno, o processo de doação de sangue destoa do imaginado pelo pensador, já que encontra obstáculos que tornam essa medida solidária difícil de ser praticada.                     Com os avanços da medicina e a descoberta do Sistema ABO, que permite fazer transfusões de sangue de maneira segura, vidas são salvas diariamente. Assim, é importante que haja uma constância nas doações, principalmente nos períodos festivos, quando as taxas de acidentes se acentuam. Nesse sentido, para aumentar a quantidade de doadores, questões culturais e o preconceito devem ser o foco. Conforme ao estudo feito pelo canal de notícias BCC, a cada 10 doadores 6 são voluntários provando que são poucas pessoas que fazem esse ato de solidariedade ao próximo, visto que as campanhas de publicidade vem se mostrando ineficiente influenciando na falta de interesse da população devido à ausência de informação sobre a doação de sangue         Por outro lado, há uma parcela da sociedade que deseja doar, mas é impedida pela discriminação. Os homossexuais que mantiveram relações nos últimos doze meses são proibidos de doar. Vale enfatizar que não há o mesmo tratamento no que se refere aos homens heterossexuais. Essa diferenciação explicita por parte de ANVISA, que considera todos os homossexuais como grupo de risco. No contexto histórico do século passado, quando a humanidade ainda estava entendendo a AIDS e havia uma onda de pânico, tal medida poderia até ser justificável por conta do pouco conhecimento e do preconceito. Contudo, sabe-se atualmente que o vírus HIV não é o “câncer gay”, como por muito tempo erroneamente se propagou, problemática tratada do filme “The Normal Heart”. O fato é que as doenças sexualmente transmissíveis atingem pessoas, independentemente de orientação sexual. Portanto, o correto seria analisar caso a caso, e não discriminar possíveis doadores.         Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Dessa maneira o Ministério deve criar datas especiais, assim como tem feito no combate à dengue, para mobilizações nacionais. Esses dias devem ser precedidos de campanhas de incentivo, tanto por meio das emissoras de TV, como pelas redes sociais para fomentar a doação voluntária. Com o mesmo objetivo, o MEC deve incluir em seus projetos palestras e aulas focadas no assunto doação de sangue, e pode mobilizar os pais dos alunos.  e não a orientação sexual.